Políticas e incentivos à inovação têm sido criados e implementados pelo governo brasileiro, há alguns anos, como forma de potencializar novas descobertas, com mecanismos, tais como: os Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia (C&T), a Lei da Inovação de 2004 e os Incentivos Fiscais da Lei do Bem de 2005, que visam promover a disseminação da cultura da proteção do conhecimento gerado pelos habitats de inovação e pelas universidades e instituições de ensino científico.
De acordo com os autores Steiner; Cassim; Robazzi, (2008), os habitats são instrumentos capazes de dinamizar economias regionais e nacionais, agregando-lhes conteúdo de conhecimento. Tornando essas economias mais competitivas no cenário internacional e gerando empregos, qualidade e bem-estar social, além de receitas aos municípios e estados por meio de novos produtos e seus impostos.
Os habitats de inovação são espaços de compartilhamento de informações e conhecimentos favoráveis à inovação. Essencialmente, eles disseminam e amplificam as informações entre os agentes de inovação, como: universidades, instituições de pesquisa, empresas e governo. Essas interações constituem o suporte necessário ao desenvolvimento do conhecimento, criando sinergia na região e alimentando os mecanismos de empreendedorismo inovador.
Hotéis Tecnológicos, Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica (IEBT), Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT) e Agências de Inovação e Parques Tecnológicos são alguns exemplos de habitats. Eles desenvolvem estratégias que permitem às Instituições de Ensino Superior (IES) administrar as pesquisas e seus resultados, visando a capitalização do conhecimento produzido em suas estruturas. Tais iniciativas procuram unir talento, tecnologia, capital e conhecimento para alavancar o potencial empreendedor, acelerar a comercialização de tecnologia e encorajar o desenvolvimento de novas empresas.
Para Curtis Burkhalter (1989) um habitat de inovação é um programa que apoia as novas e pequenas empresas, provendo espaço físico com preços reduzidos, serviços de escritório centralizados, gerenciamento e suporte tecnológico compartilhado e financiamento em um ambiente flexível. Os habitats de inovação articulam com o sistema educacional, com o setor industrial e empresarial e com o sistema governamental, completando o circuito dos agentes que são responsáveis pela implementação e difusão das inovações.
É típico que esses locais fiquem próximos a universidades e centros de pesquisa, ambientes geradores de conhecimento e, principalmente, de recursos humanos altamente qualificados. E essa proximidade gera sinergias e oportunidades.
Em sua cidade quais habitats estão disponíveis?