O início do processo de transformação de um destino através da metodologia do Destino Turístico Inteligente é um desafio, sendo diferente em cada contexto. Dentro do escopo da atuação dos Agentes de Roteiros Turísticos, um dos primeiros passos foi a realização do Mapeamento dos Stakeholders / Atores que podem ter algum tipo de impacto na governança e no ecossistema de inovação como um todo. Nesse contexto, após o mapeamento dos atores que podem compor a governança do destino, é necessário analisar qual o melhor espaço para incubar essa governança que atuará na perspectiva do Destino Turístico Inteligente. Dentre as abordagens possíveis, alguns municípios optam por utilizar a estrutura do Conselho Municipal de Turismo, uma vez que esse grupo já tem várias aspirações em contribuir com o desenvolvimento do turismo local, e já reúne alguns atores que normalmente foram mapeados. Esta discussão dentro do conselho possibilita uma aproximação institucional com o poder público local, uma vez que normalmente é composto por cadeiras de secretarias municipais diversas, que podem apoiar o desenvolvimento do processo. Outra possibilidade para organização da Governança do DTI local é a criação de um novo grupo de trabalho, sem vinculação com alguma instituição ou órgão público municipal. Dessa forma, o grupo fica concentrado totalmente nas discussões voltadas à metodologia, diminuindo a possibilidade de gerar algum ruído com outros assuntos que poderiam ser discutidos. Para conduzir a formação do grupo dessa maneira, é necessário compreender qual o grau de comprometimento dos atores com o DTI, uma vez que é comum esses atores terem uma agenda apertada, muitas vezes participando de outros movimentos voltados ao turismo ou outras áreas, podendo trazer algum tipo de dificuldade de agendas. No caso específico de São José dos Pinhais, a opção escolhida foi utilizar o Conselho de Desenvolvimento Econômico - SJProspera. Esse comitê é formado por instituições voltadas ao terceiro setor, universidades, poder público, sindicatos, legislativo entre outros entes, e foi criado para ser um fórum de discussão do desenvolvimento do município. Assim, este comitê se apresentou como um local estratégico para a discussão do DTI, principalmente por já reunir parte das partes interessadas na temática. Cada município possui uma realidade, que deve ser levada em consideração durante a criação da Governança do Destino Turístico Inteligente, para que o grupo seja participativo e coeso. Além disso, a seleção dos atores deve ser feita considerando aqueles que poderão contribuir com o trabalho do grupo. Somado a isso, alguns atores estratégicos podem não participar regularmente dos encontros, mas podem ser acionados quando necessário, contribuindo de maneira esporádica para o processo.Mapeamento de Stakeholders e Espaço de Incubação
Formação de Grupo de Trabalho e Adaptação à Realidade Local