O texto Geração Z ?!? ,da Juliana Bacilla, na comunidade Desafios da Educação, me fez pensar: como será o mundo do aprendizado quando a geração Z estiver efetivamente no comando das coisas? Essa GenZ que nasceu digital e que está agora entre 10 e 25 anos?
Falo isso porque se você colocasse uma pessoa que morreu há 50 anos numa sala de aula pré-pandemia não veria muitas mudanças. Sim, a tecnologia já estava presente, mas de forma tímida ainda. As salas de aula continuavam com professores de frente para os alunos, com um quadro ou lousa nas costas e fila de alunos a esperar o tal conhecimento.
Mas, como disse, o texto Geração Z?!? me inspirou e me fez refletir. Os games serão a grande virada na educação e em todo o processo de aprendizagem? Digo isso porque é assim que a GenZ vive, mas não só ela. Os jogos sempre fizeram parte do processo de aprendizagem, mas nunca dominaram o reduto das escolas. Jogos fazem parte da vida desde sempre, mas como ferramentas de suporte, usadas em casa e muito para entreter as crianças.
Quando a tecnologia começou a fazer parte dos lares, com vídeo games em consoles como o Pong, da Atari (1972), a Geração X começou a experienciar essa mudança que agora, em plena pandemia, dá ares de possíveis mudança no ambiente escolar. Isso, porque, ao ler as muitas ferramentas que o texto da Juliana Bacilla trouxe, grande parte são aplicativos que utilizam os games para trabalhar conteúdos. E não seria lógico? Afinal, jogar ativa muitas habilidades, do planejar ao definir estratégias, do contar ao saber esperar o melhor momento, da observação a ação.
Mas, pense comigo, não é apenas na educação. Os jogos nos habilitam em muitas perspectivas, principalmente o de avaliar cenários e propor soluções. Mesmo quando as estratégias pensadas e colocadas em práticas não dão o resultado esperado, nos ensina a trabalhar novas perspectivas. E tudo isso na simulação, no ambiente do game.
Para empresários e candidatos a empreendedor, o cenário criado pelo game, antecipa e concretiza possibilidades, de uma forma criativa e estimulante. Há muitas ferramentas para propor o planejamento empresarial, a gestão do negócio, a antecipação da jogada no mercado - muitas, inclusive, já gameficadas. Mas não são games completos, são ferramentas que podem ser usadas em um game para criar o ambiente propício ao planejamento que tantos e tantos empreendedores fogem por achar que são inúteis e não reais. Os games podem ser uma possibilidade real, principalmente para as novas gerações GenZ e Alpha que são nativas digitais e logo darão as cartas no mundo dos negócios. Mas cabe, ainda, as gerações X e Y/millennials iniciar essa transformação.