Se há algo que aprendi em minha carreira como gestora de projetos de software (e que inevitavelmente acaba indo também para uma gestão de pessoas), é que não podemos querer que as pessoas pensem como pensaríamos, façam como faríamos, falem como falaríamos, ajam como agiríamos.
Eu cobrava muito a equipe, ao detalhe do detalhe. Perfeccionismo para mim era algo tão natural que se não fosse do meu jeito, estava errado.
Até que tive um filho!
O óbvio para mim não era para ele. O raciocínio lógico (mesmo que sem querer) me dava cada tapa na cara que comecei a pensar e enxergar por outros olhos.
As palavras de forma mais meiga e suave, a empatia, a aceitação de que mesmo não sendo do meu jeito dava certo, me conduziu a liderança que realmente me fez mais sentido e para a equipe também.
Nem sempre para projetos tudo são flores: clientes ansiosos, cronograma rodando, baixa em equipe, falta de retorno do cliente mas que ao mesmo tempo não deveria afetar em nada data final de entrega.
Explicar para o cliente ou equipe, tantas vezes quanto precisasse, para que fizesse sentido, conversar citando exemplos e fazendo comparativos com situações cotidianas, permitiu que houvesse a sinergia maior, entendimento mais claro e principalmente, engajamento.
Quando para o outro lado não é um só 'faça porque estou mandando', 'não dá agora', 'isso não faz parte do processo' , as coisas mudam e você tem realmente pessoas mais próximas que querem estar junto à você.
Porque sabem que serão ouvidas, que levarão 'bronca' quando tiverem que levar, que terão aquele colo de mãe se algo não sair certo, mas também que podem confiar em você porque sabem que você está ali, para o que der e vier!