A sustentabilidade vem sendo cada vez mais utilizada como uma Estratégia Empresarial, sobretudo quando o ambiente global dos negócios faz com que as empresas se tornem mais flexíveis para adaptarem-se às mudanças de mercado.
Ser sustentável não se constitui apenas uma opção, mas uma forma inteligente de manter-se ativo num mercado mais consciente e exigente, onde muitas empresas buscam na sustentabilidade uma oportunidade de estratégia corporativa.
Por isso, num mercado onde crescem as expectativas da sociedade em relação às companhias para adotarem práticas com impacto positivo, onde os recursos naturais se tornam cada vez mais escassos e as mudanças climáticas globais estão colocando em risco os mecanismos de suporte à vida humana e à atividade econômica, adotar a sustentabilidade amplia a vantagem competitiva e fideliza a marca corporativa.
O grande desafio das empresas sempre foi conciliar sustentabilidade com rentabilidade e lucro financeiro. Contudo, no mundo pós-pandemia, a necessidade de valorização das relações, especialmente com o meio ambiente, tem colocado as empresas em papel de destaque.
É sabido que os negócios precisam se sustentar, sobreviver e crescer economicamente. Contudo, é importante rever o conceito de sucesso, para que se possa, efetivamente, promover o desenvolvimento sustentável.
Mas qual é o papel de uma empresa na promoção da sustentabilidade?
Por muito tempo, existiu a percepção de que o único (e finalístico) objetivo de uma companhia era promover o lucro financeiro aos seus acionistas lucro acima de tudo. Esta compreensão começou a ser modificada em meados da década de 1980, quando a sustentabilidade empresarial passou a levar em consideração o crescimento econômico e financeiro, mas, também, a preservação ambiental e o progresso social, em todas as suas interfaces. Disso resultou o termo comumente conhecido como Triple Bottom Line (Ambiental Social Econômico).
Atualmente, muitas empresas estão aderindo às práticas sustentáveis, na concepção de que fazem parte de um grupo social, o qual é fundamental à sua sobrevivência: acionistas, colaboradores, clientes, não-cliente, seguidores de marcas, comunidade, governos, etc. Ainda, as empresas passaram a entender que esta sociedade está inserida num determinado espaço e que as ações da companhia têm consequências diretas à qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente.
Neste novo panorama, as empresas passaram a incluir nas estratégias de seus negócios as demandas ambientais e sociais das partes interessadas (multistakeholders), numa visão mais ampla que àquelas relacionadas somente aos aspectos econômicos e produtivos da companhia.
O papel das empresas, hoje, é ser sustentável, do ponto de vista ambiental, social e econômico, e manter um processo de governança, com a responsabilidade de suas ações sobre à comunidade de entorno.
Assim, a sustentabilidade tem sido usada como capacidade de manter e demonstrar um desempenho positivo tanto no aspecto econômico, social e ambiental, além incluir o domínio da governança e da inovação, para alcançar resultados tangíveis e intangíveis, na gestão de negócios.
Sobre isso, destacam-se as práticas sustentáveis que muitas empresas estão buscando, através dos princípios ESG sigla que advém do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG, referindo-se à Ambiental, Social e Governança. Para incorporar o ESG em todas as operações da organização e buscar um modelo de negócios que seja amplamente sustentável, é necessária esta visão abrangente da companhia, de como obter novas oportunidades de negócios, a partir da sustentabilidade.
Sob este aspecto, busca-se apresentar uma breve Análise SWOT no intuito de ponderar a adoção de Princípios e Práticas de ESG nas empresas, como estratégia corporativa. A Análise de SWOT é uma ferramenta muito utilizada na administração, bastante conhecida por executivos e empreendedores, e pode ser utilizada em qualquer escala de negócios.
A sigla SWOT vem do inglês dos termos Strengths (pontos fortes), Weaknesses (pontos fracos), Opportunities (oportunidades ao negócio) e Threats (ameaças ao negócio). Neste contexto, os pontos fortes e fracos, em geral, estão dentro da própria empresa, enquanto as oportunidades e as ameaças, na maioria dos casos, têm origem externa.
Assim sendo, sugere-se que uma empresa possa utilizar a Análise de SWOT para discorrer sobre os pontos fortes e fracos do negócios, assim como as oportunidades e ameaças, quando da definição e adoção de práticas e estratégias em sustentabilidade, especialmente, as de ESG.