Pare um minuto e responda a seguinte questão: você considera seu negócio um negócio tradicional ou Inovador?
Muitas vezes a resposta está na maneira em como definimos nosso negócio e como desenhamos nossa organização (o chamado Design organizacional), e aqui podemos destacar um ponto importante no desenvolvimento de uma cultura inovadora. Em muitos casos podemos perceber a velha máxima de que a primeira impressão é a que fica, ou ainda usar um velho ditado que diz A Mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta, mas qual então a ligação disso com a inovação?
Pare novamente por um minuto e responda a mais uma questão: como você define a estrutura física de uma empresa inovadora? Talvez assim como eu, você deve ter imaginado um ambiente com paredes e puffs coloridos, mesas de jogos espaços colaborativos e muito ócio (criativo é claro) e muuuuuita inovação não é mesmo.
Porém não é bem assim, nem todo ócio é criativo e nem todo ambiente colorido é inovador, mas todo negócio tem potencial para a inovação! O ambiente inovador começa na forma como integramos alguns elementos chaves do processo de inovação, que defino aqui como: pessoas, estrutura organizacional, processos e claro o papel da liderança. A integração destes elementos nos levará a disseminação de uma cultura inovadora, e acredito que neste momento você deva estar se perguntando como desenho minha organização para a inovação?
Vou listar aqui alguns pontos que podem contribuir para um design organizacional na formação de um ambiente voltado para inovação com uma cultura forte. O primeiro ponto é olhar para a gestão da organização e como ela vai gerir os projetos existentes e os futuros, a palavra aqui de destaque é velocidade e aprendizagem, duas palavras essenciais para inovação. Inovação é prática, criar, testar/validar, mas este não é um processo perfeito, sua equipe e você cometerá muitos erros, aprenda rápido com erros e trabalhe na capacidade de resiliência da equipe, avalie seus processos.
Uma frase que me chama muito minha atenção em relação aos processos de gestão voltada para inovação é destacada por Pedro Waengertner em seu livro A Estratégia da Inovação Radical que diz A Agilidade não está em fazer mais, mas em fazer melhor aquilo que é mais Importante.
O segundo ponto que quero destacar é o cliente, tenha foco no cliente, mas observe que quando digo ter foco no cliente não é utilizar os conceitos clichês de atendimento que vemos por ai, mas sim criar um processo de relacionamento e experiência. Estabeleça estruturas na qual o cliente realmente tenha voz e que isso seja compartilhado diretamente com a equipe. Faça com que o cliente faça parte do organismo vivo que é a sua empresa, e que ele esteja ligado diretamente a realidade do seu negócio.
Nosso terceiro ponto está na capacidade de entender que para inovar devemos fazer apostas e que poucas delas é que terão sucesso. Porém aquela que se destaca e tem sucesso acabará por compensar todas as outras que falharam. Assim quando desenvolvermos projetos de inovação é preciso pensar na falha mas ela não pode ser o fator inibidor do processo. Precisamos ter consciência de que o sucesso de nossa organização e do processo de inovação desenvolvida por ela depende de quanto estamos preparados para falhar, pois as vezes uma inovação de sucesso tem por trás dela sucessivas falhas. Assim seja resiliente e flexível e apoie sua equipe para experimentação, e claro use mecanismo que permitam errar de forma barata e rápida. Para nos auxiliar neste processo podemos citar algumas ferramentas que podem contribuir no desenvolvimento da experimentação como o Design Thinking e também o Design Sprint, existem muitas outras que vou deixar para falar delas em um outro post.
O quarto ponto que quero destacar com vocês é sobre o papel colaborativo da inovação, busque parceiros que possam te ajudar a inovar de forma rápida, que possam colaborar tanto na estratégia como na operação de seu negócio. Vale a pena destacar que não estou aqui falando especificamente de consultorias mas sim da criação de uma rede de apoio mútuo para inovação que gere ganhos compartilhados que exalte a relação ganha-ganha de uma parceria. Para inovar rápido seja colaborativo, desenhe sua organização para processos de inovação colaborativa e aberta, e nesse caso não importa o tamanho da sua empresa, mas sim os resultados gerados.
O quinto e último ponto que gostaria de compartilhar em relação ao desenho de uma empresa inovadora é a flexibilidade em seus modelos de negócios, seja no negócios que a empresa já atua ou em negócios completamente novos. Prepare a empresa para atuar nas diversas frentes, mesmo diante de cenários incertos é possível desenvolver uma grande vantagem competitiva.
E lembre-se inovação não é apenas a criação de novos negócios e muito menos apenas tecnologia,
Inovação é cultura, É prática, É execução!
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