O Brasil viu crescer o número de empreendedores nos últimos anos, principalmente após a pandemia de Covid-19. Isso não aconteceu porque empreender estava nos planos dos cidadãos, muitas vezes faltaram oportunidades de emprego formal e o brasileiro partiu para a informalidade ou para o empreendedorismo. Para as populações periféricas, a situação foi ainda mais nítida. Com as mudanças no hábito de consumo e os desafios contemporâneos, o empreendedorismo digital ganhou espaço na periferia, com tendência de continuar crescendo. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), revelam que o número de trabalhadores autônomos no Brasil foi de 25,9 milhões de pessoas até o mês de agosto de 2022. A expectativa do IBGE é que até o final do ano ainda haja um acréscimo de 2%. Trazendo essa realidade para os moradores da periferia, de acordo com uma pesquisa feita pelo Data Favela, 41% dos moradores de comunidades brasileiras têm um negócio próprio, sendo que 57% deste total optaram pelo empreendedorismo pela falta de empregos com carteira assinada. O poder do digital A pandemia de Covid-19, além de muitos perrengues, trouxe alguns benefícios também. Com ela, o digital ganhou uma força muito maior e mudou o comportamento do consumidor, que passou a comprar tudo pela internet. Foi uma mudança de hábito que beneficiou grandes empresas, que puderam manter o faturamento com o trabalho home office, mas também os empreendedores da periferia, que conseguiram ampliar seu alcance com as vendas pela internet e o delivery. A presença digital das empresas, cujos donos são moradores da periferia, aumentou a área de alcance dos negócios e possibilitou o crescimento do empreendedorismo digital na periferia. A internet furou a bolha da periferia e ampliou os horizontes de mercado para estes empreendedores. A força do MEI A facilidade em abrir e administrar uma empresa no sistema de Microempreendedor Individual (MEI) possibilitou que muita gente saísse da informalidade. Hoje, são fundamentais para a economia do Brasil. Segundo um levantamento do Sebrae, até o final de 2022, trabalhadores registrados como MEIs devem gerar R$ 140 bilhões para a economia do Brasil. Se dividirmos isso em uma média mensal, dá R$ 11 bilhões todo mês. O crescimento de MEIs não é visto com bons olhos por muitos economistas, pois não gera o mesmo volume de impostos que uma empresa em outro esquema de funcionamento nem tanto emprego. Porém, a solução é muito eficiente para legalizar quem vivia na informalidade, por falta de condições financeiras para contratar um contador para abrir a empresa, ou pagar mensalmente os impostos. Vendo por este ângulo, o crescimento do MEI na periferia significa que o empreendedor pode agora respirar mais aliviado, pois pode sair da informalidade e garantir seus direitos no futuro, como a aposentadoria. Quando as coisas começarem a decolar, vale a pena investir em um plano de previdência privada, para colocar a cabeça no travesseiro com a tranquilidade de quem age no presente e investe no futuro.
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