Alguns dizem que elegância no comportamento é uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara. Eu penso um pouco diferente, que não é tão difícil de ser ensinada, entretanto, para ensiná-la é preciso possuí-la e para aprender é necessário compreendê-la. Penso ainda que não está cada vez mais rara, precisamos ajustar as lentes... Observando bem, é possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais que criticam, nas que escutam mais que falam, nas que são verdadeiramente gratas, nas que não usam tom de superioridade ao falarem com outros, nas que fazem mais perguntas e dão menos respostas prontas... É possível detectá-la em pessoas pontuais, em quem cumpre o que promete, em quem não fala de dinheiro em conversas informais, em quem não posta falsas demonstrações de felicidade em mídias sociais, entre outras coisas do dia a dia.
A elegância comportamental genuína é aquela que acompanha o indivíduo desde a primeira hora da manhã e vai até a hora de dormir. Ela se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há holofotes por perto.
Em líderes de alto desempenho, a elegância comportamental é uma de suas grandes fortalezas e aliadas. Ela é uma forte característica pessoal, que produz pares, parceiros e liderados leais e comprometidos, pois esses líderes agem sempre de forma harmônica e equilibrada nas mais diversas situações, internas ou externas à empresa, buscando sempre de forma assertiva e a mais silenciosamente possível, acertar as coisas.
Não se nasce líder e tampouco elegante no comportamento, se aprende. Por isso, ambas não são dons, tratam-se de educação e dedicação. O caminho, portanto, é trilhar dia a dia a estrada do auto desenvolvimento na arte de liderar e conviver.
Inspirado em 'Volume I Damaeq - Para Refletir'.
Adriano Pereira da Silva