Segundo a Wikipedia, um Ecossistema é 'um conjunto de comunidades que vivem em um determinado local e interagem entre si e com o meio ambiente, constituindo um sistema estável, equilibrado e autossuficiente'.
Tomando como base essa definição, podemos entender que os Ecossistemas de Inovação são ambientes especialmente criados para juntar diferentes pessoas, entidades, empresas etc., que incorporam a inovação como uma proposta de valor, e que nesse ambiente todos estes atores possam interagir uns com os outros, para que então evoluam e contribuam com o próprio Ecossistema.
Embora esse tipo de arranjo possa ocorrer de maneira natural, é comum que essa sinergia seja inicialmente promovida por um ou mais agentes que trabalham com esse propósito até atingir-se o ponto em que o ecossistema irá se autogerenciar.
Então, na prática:
Os ecossistemas de inovação são polos que reúnem e integram a infraestrutura ao capital humano e financeiro para favorecer ambientes de pesquisa e desenvolvimento que buscam solucionar dores latentes de mercado, criando novos produtos, serviços e projetos que atendam à tais necessidades.
Quem é responsável pelos ecossistemas de inovação?
Um ecossistema de inovação é formado pela colaboração de diversos agentes, como incubadoras, aceleradoras, startups, fundos de venture capital, parques tecnológicos, grandes empresas de tecnologia, associações, governo e universidades que trabalham com o mesmo propósito.
Dentre todos esses atores, você pode pensar que as Startups são as principais responsáveis por esses Ecossistemas de Inovação, correto?
Mais ou menos.
Apesar das Startups terem um papel protagonista nestes ambientes - são as responsáveis pelas grandes inovações das últimas décadas - isso não seria possível se não houvesse uma estrutura junto a elas, todos em sinergia, pois haveria pouco resultado dos leaders (empreendedores) sem a colaboração dos feeders (fomentadores), que dentro desse sistema são todas as outras instituições citadas anteriormente que precisam apoiar as Startups para que haja desenvolvimento de todo o ecossistema.
Quais os benefícios de um ecossistema de inovação?
- Juntos vamos mais longe! : Empresas que cooperam entre si crescem mais rápido e adquirem vantagens competitivas sobre àquelas que precisam passar por toda curva de aprendizado sozinhas. A palavra-chave do sucesso é colaboração.
- Um solo mais fértil para plantar e colher! : Podemos citar diversos exemplos de dores comuns, porém a captação de talentos, que é um desafio de todas as empresas que precisam escalar seus negócios, se destaca. Um ecossistema de inovação sólido atrai talentos que buscam impulsionar suas carreiras em ambientes que estão em constante desenvolvimento. Aqui entra uma conexão importante entre universidades com parques tecnológicos que podem trabalhar juntos em programas de estágio e início de carreira, para que os melhores acadêmicos saiam dessas instituições de ensino encaminhados para dentro desse ecossistema.
Alguns comportamentos importantes para o desenvolvimento de um ecossistema de inovação:
- Parar de tentar imitar o Vale do Silício;
- Focar nas mudanças culturais locais;
- Apoiar o crescimento orgânico;
- Basear a construção do ecossistema nas potencialidades da região;
- Engajar o setor privado a participar de forma colaborativa;
- Reformar marcos legais, burocráticos e regulatórios.
Em Resumo:
Ecossistemas de inovação são ambientes que promovem articulações entre diferentes atores que enxergam a inovação como força motriz para o desenvolvimento social e econômico.
Assim como florestas diferem entre si quanto sua fauna e flora, ecossistemas de inovação também devem. Embora haja muita similaridade entre elas, cada ambiente possui suas premissas locais que precisam ser entendidas e usadas a favor do seu desenvolvimento.
Apesar de falarmos bastante em ambientes, inovação, atores, no fim do dia tudo é sobre pessoas. Ecossistemas que atraem pessoas com talento, que colaboram entre si e se sentem orgulhosas de fazer parte desse ambiente, resolverão quaisquer problemas a que se aventurarem.
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