Este é um convite à todos os apaixonados por inovação e pelo desenvolvimento sustentável da nossa economia!
Esse tema nos traz algumas perguntas e uma delas é, qual é o segredo para um prefeito fazer uma gestão com bons resultados para o município e para a população?
Em meio à campanhas políticas em nosso país e estando próximo das eleições municipais, ouvimos muitas abordagens e o tema desenvolvimento da economia, é um dos mais abordados pelos candidatos e o atendimento das necessidades, é o clamor da população.
Mas, o que essas questões tem a ver com inovação?
Pois bem, um dos grandes mestres e pesquisadores sobre o tema inovação e como ela pode trazer soluções para os maiores problemas da sociedade, com resultados prósperos para os países, para as empresas e as pessoas: é o Nigeriano pesquisador e escritor Efosa Ojomo. Ouvi nesta semana os seus conhecimentos e são muito interessantes, pois vem ao encontro do que acredito que todos os gestores públicos nas três esferas de governo, precisam conhecer e refletir sobre o tema.
Sua pesquisa sobre inovação e prosperidade global pode ser acessada por meio de uma variedade de plataformas, incluindo uma palestra TED que concedeu na cidade de Nova York em 2019.
O assunto abordado nesta palestra online foi também sobre o livro, em que Ojomo é Co-autor junto com Clayton M. Christensen e Karen Dillon O Paradoxo da Prosperidade - Da Escassez à Prosperidade: Como a inovação pode impulsionar economias emergentes. O livro publicado em jan/2019, é resultado de um trabalho de pesquisa e estudos sobre a pobreza e prosperidade. Nele, os autores afirmam que,
A pobreza global é um dos problemas mais incômodos do mundo. Durante décadas, supomos que pessoas inteligentes e bem-intencionadas acabarão conseguindo mudar a trajetória econômica dos países pobres. Da educação à saúde, infraestrutura para erradicar a corrupção, muitas soluções dependem de tentativa e erro. Essencialmente, o plano é frequentemente identificar áreas que precisam de ajuda, inundá-las com recursos e esperar ver mudanças ao longo do tempo. Mas a esperança não é uma estratégia eficaz.
Efosa Ojomo lidera o grupo de pesquisa Prosperidade Global no Instituto Clayton Christensen para Inovação Disruptiva, um grupo de estudos localizado em Boston e no Vale do Silício. Segundo Wall Street Journal, Os autores devolvem o empreendedor e a inovação ao estágio central do desenvolvimento econômico e da prosperidade.'
Autores: Clayton M. Christensen, Efosa Ojomo e Karen Dillon.
Clayton M. Christensen e seus coautores revelam que
existe um paradoxo no centro de nossa abordagem para resolver a pobreza. Embora nobres, nossas soluções atuais não estão produzindo resultados consistentes e, em alguns casos, exacerbaram o problema. Pelo menos vinte países que receberam bilhões de dólares em ajuda estão mais pobres agora. Aplicando a análise rigorosa e baseada na teoria pela qual ele é conhecido, Christensen sugere um caminho melhor. O tipo certo de inovação não apenas constrói empresas - mas também constrói países.
O Paradoxo da Prosperidade identifica os limites dos modelos comuns de desenvolvimento econômico, que tendem a ser os esforços de cima para baixo, e oferece uma nova estrutura para o crescimento econômico baseado no empreendedorismo e na inovação criadora de mercado. Christensen, Ojomo e Dillon usam exemplos bem sucedidos do próprio desenvolvimento econômico americano, incluindo Ford, Eastman Kodak e Singer Sewing Machines, e mostram como modelos semelhantes funcionaram em outras regiões, como Japão, Coréia do Sul, Nigéria, Ruanda, Índia, Argentina e no México. 'O Paradoxo da Prosperidade é um livro de negócios provocativo; é um chamado à ação para qualquer um que queira uma nova visão para tornar o mundo um lugar melhor e mais próspero.'
Mas, como gerar inovações para mudar a realidade das empresas e das nações?
Existem muitos investimentos dos governos no mundo todo para reduzir os índices de pobreza, inclusive é um dos objetivos dos ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, e que compõem a Agenda 2030, há mais de 25 anos com ações pelo mundo todo.
Mas, se tem havido tanto investimento, porque não mudou a história destes países? E eis a resposta do Sr. Ojomo. Quando você entra numa comunidade pobre, você vê o que falta e seu instinto é oferecer os recursos que faltam para aquelas pessoas. Porém, este é o ponto, o mecanismo que deve estar presente nesse momento é trazer junto a inovação que vai gerar a sustentabilidade e a mudança naquela comunidade, naquela nação pobre. E é o que não ocorreu na maioria das vezes que foram doados recursos nesses lugares. Qual é o papel das pessoas que recebem ajuda e isso é que deve ser dito para elas, o quanto a transformação deve ser construída por elas mesmas e esta é a virada da chave para transformar a ajuda em prosperidade.
Peço licença para citar uma mensagem bíblica que vai nos lembrar que há mais de 2.000 anos, alguém já tentou nos ensinar esse conceito É preciso ensinar a pescar e não só dar o peixe. Segundo Ojomo, é uma maneira de dizer que criar ações inovadoras à partir dos problemas e fazer com que essas inovações venham das próprias pessoas ajudadas, é dar significado à elas e por isso, a aderência é muito diferente e o resultado ainda mais.
Nesse ponto é que promover inovação, é promover a prosperidade.
As desigualdades aumentaram com o COVID 19 em todo mundo, e é agora que precisamos ainda mais desse método de levar, ensinar, conscientizar e fomentar a prática da inovação, onde houverem as maiores demandas sociais. Nas palavras do autor Ojomo, Não é só bom para nossa consciência como para nosso bolso. É o poder da inovação que irá trazer as soluções e prosperidade. E por isso, quando as pessoas entendem como elas conseguem tirar uma nação da pobreza e conseguirem a prosperidade tão sonhada, iniciará um movimento que é maior do que qualquer transformação que já vimos.
Como criar inovações assertivas considerando todos esses pontos elencados pelo autor?
Depois desta aula tão importante e significativa, Ojomo ainda trouxe mais uma orientação as empresas e governos. É necessário segundo ele, refletir sobre três tipos de inovações fundamentais quando trabalhamos nos problemas sociais:
- Inovação de Prosperidade Que impactam na resolução de um problema existente.
- Inovação Sustentável Fazer com que os produtos criados, sejam melhores cada vez mais para o meio ambiente, a economia e para as pessoas.
- Inovação de Eficiência Ajuda você fazer mais com menos e leva a empresa ou cidade à criar soluções com poucos recursos e resolver os problemas, independente são suficientes no seu orçamento.
Qual o legado que nossa geração deve deixar para o mundo?
Pensamos que em média nos USA, 40% das pessoas não tem 400 dólares para atendimento médico. Isso é muito ruim e USA é uma das nações mais ricas. Por isso, não é uma ação só dos governos, empresas também precisam começar a trabalhar com essa ideia de levar a inovação para a prosperidade das classes com menos recursos e este é o legado da humanidade para transformar todas as nações.
E qual é a receita à seguir?
As empresas que inovaram e são bem sucedidas, o são, por causa das suas decisões para o negócio. A forma de focar na disrupção nesse momento, é criar uma unidade de negócios diferente daquele que já está atuando para o mercado e focar naquilo que chamamos de não consumo são aqueles que não podem consumir seus produtos e são os que precisam ser atendidos.
E a sugestão é, compartilhar uma parte do seu lucro com o mercado do não consumo, enquanto o seu negócio está tendo lucro e mais tarde, terá sucesso com este público também.
Como replicar o modelo pela educação?
Na percepção de Ojomo sobre o Brasil, existe um caminho para a prosperidade, é trabalhoso e entender o papel da inovação nas empresas e na sociedade civil e assim podemos criar as soluções que geram prosperidade.
A Educação, é um dos melhores meios para isso, é a melhor ferramenta para trazer a prosperidade e auxiliar as pessoas e o nosso país. Educação é essencial, e somando-a ao uso da tecnologia, as pessoas se tornarão mais produtivas na sociedade. Depois disso, é o que o aluno vai fazer a diferença, com esses conhecimentos, se tornarão agentes modificadores e levarão as soluções dos problemas para os locais onde vivem.
Efosa Ojomo Temos oportunidades e potencial, mas precisamos começar a pensar no não consumo para ter um resultado à médio, longo prazo nas empresas e nações.
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Sucesso!
Irene Hoffelder Vioti - Consultora, palestrante e escritora nas áreas: Estratégia empresarial, sustentabilidade, inovação e storytelling empresarial.