Nos trabalhos de apoio às cidades, temos percebido o grande aumento que as secretarias de assistência social têm verificado em atendimentos de cestas e bolsas, de apoio a subsistência da parcela mais fragilizada da população.
No Centro Oeste, grande parte desse grupo é formado por migrantes de outras regiões do país, que, atraídos pela força do agro ou pelos investimentos que estão sendo feitos na região, buscam emprego e renda.
O que acontece é que grande parte desse fluxo não é qualificado, e muitas vezes demonstra resistência em se qualificar. Assim, constatamos no mesmo espaço-tempo a falta de mão de obra e o desemprego....
O resultado é o crescente custo com assistencialismo nas prefeituras. Não cabe aqui julgar a importância desse investimento social, pois não haverá riqueza para todos enquanto ela não estiver ao alcance de cada um, mas a questão da motivação para capacitação, para o empreendedorismo e a melhoria da confiança/autoestima das pessoas desse grupo é um enigma a ser resolvido.
Conhecedores dessa realidade e dos fatores agravantes que potencializam a dificuldade de sua solução, desenvolvemos dentro da aba TECIDO SOCIAL, uma estratégia baseada em 3 ações que visa lidar de forma positiva e construtiva com o problema:
Capacitação em culinária que é ofertada a mulheres que retiram cestas básicas na Secretaria de Assistência Social. O intuito é ensinar o preparo de pratos do dia a dia usando produtos mais ofertados pela agricultura familiar da própria cidade. Além disso, são trabalhadas também nessas capacitações, questões básicas de gestão financeira.
Para dar condições de produção de alimento saudável, a prefeitura investe em uma estrutura de cozinha industrial que é operada por rodízio, entre as pessoas capacitadas, e que ali podem produzir de forma legalizada seus produtos.
Uma opção de lazer para o município, onde as pessoas que empreendem com artesanato, comida fora do lar e agricultura familiar, podem vender seus produtos. Ela cria lazer para as famílias, atividade de reforço cultural e da identidade das comunidades, e acesso a mercado para as pessoas capacitadas do Sabor e Gestão.
Bacana né?!
Usando o critério de ideias de baixa complexidade, baixa resistência, baixo investimento, consegue-se um alto impacto na cidade e o fortalecimento da comunidade e da economia local.
Augusto Aki Consultor/Supervisor Cidade Empreendedora