Projetar um produto do zero pode ser como dirigir à noite: a estrada à frente está escura e apenas alguns metros à sua frente são iluminados apenas pelos faróis. (com alcance limitado)
Recentemente, Apurva Gupta, designer sênior da Amazon compartilhou os passos que a empresa dá ao projetar seus produtos de software. A empresa, fundada e dirigida há 27 anos por Jeff Bezos, é famosa pela sua velocidade de execução.
Ela indicou como você pode criar um ótimo produto que as pessoas queiram usar:
1. Determine quem é seu usuário.
A primeira tentação ao projetar um produto é tentar construir algo que possa ser usado por todos. Mas Gupta diz que isso é um erro. A primeira e maior pergunta que você precisa fazer é para quem você está construindo?
Ao construir um novo produto recentemente, a Amazon fez uma lista de grupos de usuários em potencial: desenvolvedores de software, analistas de negócios, cientistas de dados, designers, pesquisadores, profissionais de marketing. A equipe de produto entrou em contato com usuários em potencial nessas funções e falou com eles sobre seus pontos fracos e necessidades. Com base nessas conversas, a empresa determinou que os desenvolvedores de software tinham maior probabilidade de usar o produto. Faz sentido que, para um primeiro lançamento, a empresa vá atrás dos clientes alvo e em seguida, expande para diferentes grupos de usuários.
2. Teste se suas suposições são válidas.
Todo empresário deseja considerar seu produto útil, mas isso pode ser excessivamente idealista. A melhor maneira de determinar isso é colocá-lo diante das pessoas com maior probabilidade de usá-lo. Isso pode significar um teste de mercado, ou pode significar pedir às pessoas de sua própria equipe - de preferência, aqueles em funções para as quais ela foi projetada - para experimentarem.
Como tal, Gupta observou que é importante tratar seus protótipos não como produtos acabados, mas como peças de teste. A ideia não é de apenas tentando encontrar falhas em seu design, mas também tentar validar se os casos de uso que você identificou estão corretos e identificar se há algo para o futuro que você pode colocar no roteiro de desenvolvimento.
3. Entenda como o produto crescerá.
Mesmo nos primeiros dias de construção do seu produto, é importante ter uma ideia de como ele será no futuro. Você pode pensar, se ainda não lançou, que essa é uma questão para outro dia, mas você ficaria surpreso. Esses estágios iniciais do design do produto são quando você deve avaliar os recursos que não fizeram parte do seu produto mínimo viável e armazená-los para mais tarde.
Você deve decidir no início quais pontos de dados usará para medir o sucesso de seu produto. Essas métricas são críticas e elas ajudarão você a decidir quais recursos lançar mais tarde e ajudarão a garantir que você tenha um produto que mantenha os usuários engajados por muitos anos. Engajamento e recorrência, isto é o que fará a grande diferença no fornecimento de serviços como software.
Olhando estes passos, usuários, verificação e crescimento, os três passos podem ser uma forma de possibilidade de testar e laçar produtos testados de forma rápida. Os usuários como a definição de publico alvo e mercado de atuação. A verificação da aceitação do produto no mercado faz a diferença, desde que observado o alinhamento do publico correto. Ao fim, entender qual será o ritmo e linha de crescimento, isto pode fazer a diferença para que o produto seja laçado com sucesso.
A inversão proposta, vem de encontro com o CANVAS proposto por Osterwalder em sua tese que foi reproduzida no famoso livro Business Model Generation, de sua autoria. Ele caracteriza como os primeiros passos de seu modelo, a definição do publico alvo e em seguida o valor entregue ao cliente. Na mesma linha do proposto por Gupta.
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