Me conecto quase que diariamente com histórias de empresários que enfrentam os mesmos ciclos repetitivos de desafios. Recentemente, fiz uma reunião com uma empresária que administra uma escola de cursos preparatórios. O tom era de cansaço: “Tenho 13 professores e 4 pessoas na equipe fixa, mas parece que tudo é um bico para eles. Eu tenho muitas ideias, mas não consigo executá-las porque estou travada em problemas que se repetem. O desânimo da equipe reflete diretamente nos alunos. Como sair disso?”
Essa história é mais comum do que parece. E talvez você, que está lendo isso agora, se veja nesse reflexo. Mas eu quero te convidar a entender que o problema não está só no seu time.
Henry Ford, ao liderar a Ford Motor Company, desafiou sua equipe com uma ideia audaciosa: criar um motor com oito válvulas, algo que parecia impossível na época. Ford tinha plena convicção de que sua visão era realizável e transmitiu essa certeza ao seu time, recusando-se a aceitar qualquer resposta que não fosse o sucesso. O resultado? A equipe superou as limitações técnicas, e a Ford não apenas alcançou o feito, mas também revolucionou a indústria automobilística ao produzir carros em massa, consolidando sua liderança no mercado.
Imagine Henry Ford desafiando sua equipe a criar um motor com oito válvulas, algo que parecia impossível na época. Ele não apenas tinha certeza de que o projeto era viável, mas também sabia que sua crença inabalável influenciaria diretamente o desempenho de sua equipe. Ford confiava tanto na visão que defendia que seu posicionamento firme inspirou sua equipe a superar os limites do que acreditavam ser possível.
O sucesso dessa iniciativa não foi apenas técnico, mas também uma prova de que a convicção e a liderança do dono moldam a cultura e os resultados do time.
E no seu negócio não é nada diferente. Ou você tem certeza, confia em você e no seu time ou você fica andando em ciclos de desengajamento, desmotivação e um time que não veste a camisa da empresa.
Daniel Goleman, autor de Inteligência Emocional, afirma que líderes emocionalmente inteligentes criam equipes mais engajadas e produtivas. Ele cita uma pesquisa que mostrou que 70% da motivação dos colaboradores vem diretamente do comportamento do líder.
Isso quer dizer que como você lida afeta diretamente os seus colaboradores porque emoção é energia, pensamento é energia e como você comunica o que você pensa e sente é a mesma energia. Se você comunicar com raiva, seu time receberá assim, se comunicar com medo, seu time receberá assim.
Agora pense: como está sua relação com sua equipe? Eles te veem como uma fonte de inspiração ou como um obstáculo? E ainda, como você tem lidado com as suas emoções no dia a dia frente aos seus funcionários?
Quando eu assumi minha primeira posição de liderança por volta dos meus 23 anos, onde tive que liderar gente com mais de 40 anos, com mais de 10 anos de empresa, entre diretos e indiretos eram mais de 60 pessoas. No início eu quase pirei, queria controlar tudo, resolver tudo, dar conta de tudo sozinho e não conseguia me posicionar. Pouco tempo depois tive que buscar ajuda porque estava sobrecarregado, estressado e com umas azias diárias.
Foi a primeira vez que fui entender o que era ter inteligência comportamental que envolve, emoções, pensamentos, comunicação e entender de pessoas com uma profundidade que eu achava que eu não precisava. Nesta época comecei a investir nos meus primeiros programas de acompanhamento e desenvolvimento pessoal e também em estudar linhas do comportamento humano como a PNL (Programação Neurolinguística).
Uma pesquisa do Harvard Business Review apontou que 90% dos problemas empresariais têm raízes comportamentais. Ou seja, não adianta apenas implementar novas ferramentas ou processos. Sem mudar a mentalidade dos líderes e colaboradores, os problemas persistem.
A inteligência comportamental nos negócios envolve unir os pilares da neurociência, PNL e o o comportamento humano para criar soluções práticas e sustentáveis. Ela se baseia em alguns pilares:
Voltando na história da professora, lembra o que ela disse: “Meus professores veem o trabalho como um bico. Eles não têm comprometimento.” Perguntei a ela: “Mas qual é a visão que você passa para eles?”
Essa cultura e modo comportamental dos colaboradores, tinham muito mais a ver com a forma que ela se posicionava, cobrava, delegava e era vista por eles do que eles como problema.
Primeiro, porque você tem os colaboradores que você tolera. E se você tem colaborador como esse é porque você está tolerando eles e isso não só afeta outros colaboradores, mas muito da cultura que se perpetua. Ahhh... Cultura não é a frase bonita escrita no quadro na parede ou no site, cultura é o que você permite, seu posicionamento, os colaboradores que você mantém no time, quem você contrata, quem você demite, tudo isso define cultura e modo de operação do seu negócio.
Eu lembrei lá cima sobre Ford e falei sobre outros pontos neste artigo, porém se você não começar hoje conduzir seu negócio com certeza, delegar o que precisa delegar, demitir quem precisa demitir, definir uma visão clara para a sua empresa e vender para seu time, implantar rotinas de performance, implementar indicadores de resultado e de execução, uma cultura lean e de melhoria continua, seu negócio continua no mesmo lugar.
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Liderar é mais do que ter um título. É ser o exemplo vivo do que você espera do seu time. Quando você se transforma, a sua empresa transforma.
Então, a pergunta é: o que você pode fazer hoje para dar o primeiro passo em direção ao líder que a sua empresa precisa?
Se você está pronto para transformar sua empresa, quero te convidar a compartilhar comigo nos comentários: qual é o seu maior desafio hoje como líder?
Empresas começam pela liderança, depois vem a gestão.
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Até o próximo artigo!