Confira quatro pontos de atenção antes de traçar a expansão do seu negócio para outro país. A América Latina tornou-se uma das regiões mais empreendedoras do mundo nos últimos anos, graças ao poder da tecnologia e à criatividade da população. Não à toa, aqui se encontram 45 unicórnios startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão , de acordo com uma pesquisa da empresa Distrito. Por isso, as empresas brasileiras têm buscado cada vez mais expandir seus negócios para os países vizinhos do continente. De acordo com a última edição do levantamento Trajetórias de Internacionalização das Empresas Brasileiras, realizado pela Fundação Dom Cabral (FDC), durante o período de 2020 a 2021, 49% das companhias iniciaram operações no exterior, e mais: apenas 15% interromperam esse processo. Entre os participantes do estudo, 71% afirmaram que planejavam adentrar em novos mercados nos anos seguintes, principalmente com a abertura de filiais no exterior e por meio de exportações. Apesar de esse movimento ser muito positivo para os negócios, ele só se torna bem-sucedido se houver uma estratégia muito bem definida. Veja quatro pontos para ter atenção antes de expandir sua empresa para outros países da América Latina. 1. Conheça o público O primeiro passo é entender se há demanda para o seu produto ou serviço no país escolhido. Ele pode suprir alguma deficiência no mercado daquele local? Um estudo da Endeavor mostrou que empresas de software ou que prestam serviços para outras empresas tendem a crescer mais rápido que aquelas que trabalham com produtos para consumidores finais. Nesse processo inicial de pesquisa, vale viajar para países dentro e fora da América Latina para conhecer melhor as culturas que serão abordadas pela marca. Para isso, é interessante que o empreendedor abra uma conta internacional para viajar com facilidade. 2. Verifique a parte burocrática É importante também analisar com cuidado as questões burocráticas, já que cada país tem seus sistemas tributários e jurídicos específicos. Os países com acordo de livre comércio com o Brasil e que estão mais abertos à importação de produtos do nosso país devem ser a prioridade na hora de escolher. 3. Cheque a propriedade intelectual Para pequenas e médias empresas, geralmente tudo que envolve a propriedade intelectual (marca, patente, desenhos, denominação de origem) é válido apenas no seu território. Não deixe de conversar com um advogado especialista sobre os trâmites para garantir que isso seja respeitado legalmente em outro país também. 4. Um time para ajudar na expansão Um desafio importante é contratar funcionários no outro país que estejam alinhados com a cultura da empresa, além de ter alguém para liderar a expansão. Dito isso, é interessante contar com a ajuda de consultores de recrutamento, advogados e um country manager para conduzir esse processo. Logo, se deseja expandir seu negócio para o exterior, é imprescindível que essas dicas sejam seguidas para que o processo ocorra da maneira correta! Até a próxima!