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Como a Neuroliderança me ajudou (MUITO) quando eu mais precisei (PARTE I)

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Como a Neuroliderança me ajudou (MUITO) quando eu mais precisei (PARTE I)
Criado em 24 OUT. 2019
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Paula, você vai liderar um projeto de altíssima complexidade que afetará 100% da base de clientes. Para este desafio, você terá UM colaborador fixo e o restante da equipe será composto por pessoas de diferentes áreas, que respondem a outros líderes. Então, você vai poder contar apenas com uma pequena porcentagem do tempo deles.
Este projeto PRECISA ser um sucesso, contamos com você!.

....

Vou compartilhar com vocês um pouco da minha experiência no meu primeiro papel como líder, e como tempos depois a Neuroliderança me ajudou (e MUITO) nesse meu maior desafio frente à liderança de um projeto de alta complexidade e risco.

Quando assumi pela primeira vez o papel de líder, passei por várias dificuldades. Eu não entendia bem qual era o meu papel, me afundava na execução de coisas que deveria delegar, trabalhava mais de 12 horas por dia e não sobrava tempo nem energia para olhar para assuntos estratégicos e desenvolvimento efetivo da equipe, tinha mil inseguranças mas sofria calada, afinal, agora eu era uma líder!

Num cenário volátil e instável, as cobranças não paravam de chegar e por muitas vezes eu deixei a pressão transbordar. Então percebi que, apesar de todo meu esforço e dedicação, não havia performance que resistisse à dobradinha: cansaço extremo + insegurança psicológica.

Passado pouco mais de 1 ano após essa experiência, comecei a estudar Neurociências aplicadas à Gestão, e um mundo novo se abriu.

Descobrir a existência de 2 sistemas cerebrais, com um deles respondendo a até 95% das nossas decisões e que essas ocorrem basicamente de forma inconsciente, foi um choque.

Saber que esses 95% visam muito: autopreservação, evitar/prorrogar a dor e buscar prazer imediato, evitar a rejeição e buscar aceitação, e evitar situações negativas que trazem desconforto, medo, tristeza...muita coisa passou a fazer sentido!!!

Sob a ótica da Neuroliderança, algumas coisas se esclareceram em relação às escolhas inconscientes que fiz quando estava em meu primeiro cargo de liderança:

  • A fim de me sentir aceita e evitar conversas difíceis (prorrogar a dor), muitas vezes deixava de dar feedbacks importantes. O que acontecia? O golpe da autossabotagem. Nesse cenário, as situações acabavam se acumulando e quando ocorria o feedback ele vinha carregado, sem preparação, sem o tom certo, sem real espaço pra aprendizado. Ou seja, tudo o que eu estava tentando evitar, era exatamente o que acontecia.
  • Sob alta pressão, eu me esforçava muito e fazia mais do mesmo, repetindo coisas que alguma vez já tinham dado certo, por acreditar que assim teria mais chances de sucesso (autopreservação). Mais uma vez, entrava o golpe da autossabotagem. Esse esforço desmedido acarretava noites mal dormidas ou horas insuficientes de sono, que impactavam diretamente na minha produtividade, capacidade de foco e concentração. Dessa forma, tarefas que eu, sob condições normais de temperatura e pressão, levaria 1h pra realizar, acabava levando 2h...3h pra concluir. Quanto a repetir estratégias antigas, o problema é que o momento exigia encontrar novas formas de resolver problemas, mesmo que o inconsciente acreditasse que o melhor era simplesmente minimizar os riscos e fazer o que era conhecido e garantido.
  • Assim como eu recebia e absorvia pressão, muitas vezes eu a repassava pra equipe. Porém, quando estamos sob extrema pressão, o cérebro entende isso como uma forte ameaça e tudo o que o corpo busca é uma forma de se proteger. Geralmente isso ocorre a partir de ações improdutivas como: evitar correr riscos, focar no esforço, fugir de conversas difíceis, evitar grandes responsabilidades, buscar culpados externos para resultados ruins, pensar demais e travar a ação, etc.
  • Eu acreditava que meu papel era parecer forte e ter certezas (autoproteção). Então, eu evitava ao máximo demonstrar fragilidades aos liderados, pares e líderes, tomava minhas decisões sem pedir ajuda e avançava aparentemente convicta. Mais uma vez, a autossabotagem. Quanto mais decidida e autossuficiente eu seguia, mais eu me isolava e ficava sujeita à escolhas ruins, e mais vulnerável e cheia de dúvidas eu me sentia.
  • Na correria, eu acabava pedindo pouca informação antes de tomar decisões e entrar em ação, afinal o importante era a velocidade! E novamente, replicando o que acontecia comigo, muitas vezes passei informação insuficiente à equipe. Infelizmente, ambas situações são um prato cheio para mal-entendidos, retrabalho e frustração, apesar do inconsciente acreditar que, se está todo mundo focado na velocidade, não questione: só copie.

Caramba, agora tudo estava claro! Eu percebi que tomei decisões ruins por estar no 'modo automático e inconsciente'. Ficou nítido que poderia ter optado por caminhos infinitamente mais conscientes, racionais e estratégicos e assim obteria melhores resultados! 

Quando então chegou o grande desafio de liderar um projeto de alta complexidade, que afetaria 100% da base de clientes, com equipe apenas parcialmente dedicada, sem liderados diretos, eu respirei fundo e decidi: está na hora de colocar em prática todo meu aprendizado recente sobre Neurociências aplicadas à Liderança de Pessoas!

Dicas preciosas em breve, no próximo texto

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