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Como a Neuroliderança me ajudou (MUITO) quando eu mais precisei FINAL

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Como a Neuroliderança me ajudou (MUITO) quando eu mais precisei  FINAL
Criado em 09 DEZ. 2019
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Nos artigos anteriores, compartilhei as adversidades que enfrentei no meu primeiro cargo de liderança, e como tempos depois a Neuroliderança me ajudou (MUITO) a enfrentar o meu maior desafio como líder. Se quiser conferir os dois primeiros textos, clique aqui: Parte I e Parte II.

Conforme dito em meu último artigo, estar emocionalmente preparada para os momentos de tensão e pressão foi um divisor de águas na minha vida profissional. Posso inclusive afirmar que foi o ponto-chave para exercer com maior competência a liderança de uma equipe frente a um projeto altamente complexo e desafiador.

E por que, entre outras questões tão relevantes, eu dei ênfase ao fortalecimento emocional?

  1. Porque as neurociências mostram que até 95% das decisões que tomamos ocorrem de forma automática, inconsciente, instintiva e emocional;
  2. Num cenário de instabilidade, incertezas e mudanças constantes, a pressão e os momentos de tensão estão no pacote, então, o que nos resta é escolher conscientemente como vamos lidar com isso;
  3. O comportamento e as relações humanas são complexos, e o amadurecimento emocional se torna essencial para a construção de relações construtivas.

Voltando ao período em que eu estudava Neurociências aplicadas à Gestão, antes de assumir aquele meu maior desafio como líder, acessei pela primeira vez o conceito de Agilidade Emocional por meio de uma entrevista e um Ted Talk da professora de Harvard, Susan David. Já na sequência, li o livro Agilidade Emocional e avancei nos estudos sobre o tema, e então pude refletir sobre os momentos de tensão e pressão que o cenário VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) vinha me proporcionando. Foi aí que vi uma luz no fim do túnel. 

Agilidade Emocional - O que é?
 

Agilidade emocional é a capacidade de tomarmos as melhores decisões, mesmo nos momentos mais desafiadores. É quando, em situações importantes, nós racionalmente não nos permitimos ser dominados pelas nossas emoções e escolhemos: reconhecê-las, compreendê-las e então, de forma estruturada, darmos um retorno consciente à situação, ampliando nosso repertório emocional e ajustando padrões.

A partir desse conceito, junto aos conhecimentos sobre o funcionamento básico do cérebro, passei a prestar atenção nas minhas reações e decisões padrão e a monitorar em quais situações eu me sentia dominada pelas minhas emoções. Com isso mapeado, eu poderia então traçar algumas estratégias para enfrentar estas mesmas situações de forma mais consciente, permitindo a construção de um novo padrão de resposta, alinhado com meus valores.

Momentos em que percebi minhas emoções impactando minha performance ou tomada de decisão:

  • Quando chegava minha vez de falar em uma reunião conduzida com muita pressão;
  • Quando precisava assumir, frente ao meu líder ou time, que eu havia tomado uma má decisão;
  • Quando tinha que compartilhar com meu time mudanças de planos impactantes ou metas desafiadoras demais;
  • Quando precisava dar feedback negativo para um colaborador que não recebia críticas nada bem;
  • Quando eu recebia um feedback negativo;
  • Quando eu ou meu time não tínhamos mais a menor condição de assumir um novo projeto, mas eu assumia com medo das consequências de dizer não;
  • Quando, apesar de todo meu esforço, as coisas saíam diferentes do planejado;
  • Quando estava me sentindo insegura frente a uma situação e sentia que não podia demonstrar dúvida ou fragilidade.

Enfim, situações delicadas, mas que são muito frequentes na vida de um líder.

Lembrando que nesses momentos, a área cerebral que cuida da nossa AUTOPRESERVAÇÃO entra em ação, e muitas vezes a reação é:

  • Fugir de conversas difíceis, porém essenciais, para ajustar o rumo de uma situação negativa;
  • Reprimir as emoções e tentar engolir o choro, o medo, a pressão, a frustração;
  • Assumir uma postura defensiva encontrando justificativas ao invés de assumir os problemas e buscar soluções;
  • Deixar de delegar o trabalho para garantir que tudo saia perfeito, se sobrecarregando e inconscientemente passando pra equipe a mensagem vocês não são bons o suficiente;
  • Dizer sim, mesmo sabendo que você e seu time não têm mais condições de assumir nada novo, garantindo sobrecarga e a frustração de uma entrega fora do padrão de qualidade e prazo;
  • Repetir estratégias que funcionaram em outro contexto, mas ineficazes no atual, esperando resultados positivos;
  • Transbordar a pressão para o time;
  • Não pedir ajuda, mesmo quando necessário.
Quando fortes emoções dominam nossos pensamentos e ações, possuir estratégias de conscientização para tomada de decisão são essenciais, tanto para nossa saúde emocional quanto para a saúde das nossas relações pessoais e profissionais.

 

Ou seja, reprimir sentimentos, ocultar situações delicadas, entrar na defensiva, retirar o trabalho e a autonomia da equipe, repetir estratégias sem pensar e transbordar pressão...são escolhas improdutivas e bastante caras a longo prazo.

Se percebeu em alguma das situações acima? Calma, tem solução. Em breve iniciarei uma série de artigos compartilhando algumas estratégias de construção e fortalecimento da Agilidade Emocional.

Quer iniciar agora mesmo a sua caminhada para a Agilidade Emocional?

Você pode desde já começar a muscular sua autopercepção. Preste atenção nas suas reações e decisões padrão em momentos mais delicados, monitore em quais situações você sente suas emoções roubando a cena e interferindo nos teus pensamentos, ações e na tua forma de se comunicar.

Você também pode ler a entrevista e assistir ao TED da professora Susan David sobre Agilidade Emocional, deixei ambos marcados lá em cima pra você

Espero que algumas das minhas experiências possam te apoiar na tua caminhada.

Um abraço e até o próximo artigo!

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