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Como a economia compartilhada está moldando o futuro do varejo

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Como a economia compartilhada está moldando o futuro do varejo
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Criado em 21 JUL. 2021
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Imagine que é sexta-feira: você está ouvindo os novos sucessos no Spotify enquanto conclui um projeto de trabalho em um coworking. Você tem um apartamento dos sonhos reservado para o fim de semana via Airbnb, e o Uber que o levará até lá já está programado. Tudo isso é economia compartilhada!


No geral, muito tem sido debatido sobre o impacto da geração Millennial na economia, e no varejo em particular. Estudos e números de vendas confirmam o fato de que esta geração valoriza mais as experiências do que os bens materiais. Também é verdade que os millennials valorizam o acesso a bens e serviços mais do que a propriedade desses bens ou serviços. A economia compartilhada de hoje é em grande parte o resultado dessa tendência.

 

O desejo de acesso e conveniência versus propriedade inspirou os serviços de compartilhamento de caronas como Uber e Cabify. Serviços de compartilhamento de espaço, como Airbnb (em vez de um quarto de hotel) e WeWork (em vez de escritórios caros). Mesmo as bibliotecas de empréstimo público se beneficiaram com um aumento de usuários.

 

Com mudanças dramáticas no comportamento do cliente e nos modelos de negócios que acomodam valores como oportunidade, conveniência e sustentabilidade ecológica, o mundo do varejo pode ter dificuldade em acompanhar. Embora possa parecer que a economia compartilhada e o varejo estão em lados opostos, há maneiras de os varejistas prosperarem no ambiente econômico regido pelo aluguel e pelo compartilhamento.

 

Localizando a oportunidade

Em teoria, tudo em excesso pode fazer parte da economia compartilhada. Algumas indústrias podem desfrutar de condições mais favoráveis do que outras. Seja no aluguel de bens ou serviços, a opção oferecida deve ser sempre mais econômica e prática do que a compra.

Alguns exemplos incluem atividades sazonais (acampamento, esqui), serviços específicos do local (aluguel de férias, viagens oferecidas por habitantes locais), atividades com equipamentos caros (golfe, passeios a cavalo) ou ativos de eventos de vida específicos (vestido de noiva, roupas de maternidade). Ainda assim, fornecer valor é fundamental. Sem um propósito maior ou um nicho específico, as empresas não conseguem se estabelecer no mercado de compartilhamento.

 

Mesmo que seu negócio de varejo seja tradicional em seu modelo, você pode querer considerar a integração (ou até mesmo aderir inteiramente) a um modelo baseado na economia compartilhada. Por quê?


     Custo: o compartilhamento pode reduzir o custo das mercadorias para os consumidores. Por exemplo, você pode oferecer a um cliente acesso a uma bolsa de R$ 2.500,00 por R $250,00 se ele for alugá-la por apenas uma semana.

     Sustentabilidade: o inventário compartilhado geralmente leva à produção de menos itens de maior qualidade, menos resíduos e uma nova abordagem da reciclagem, promovendo uma mentalidade verde (podemos abraçar o consumo sustentável sem restringir o crescimento econômico).

     Tamanho do mercado: como você é capaz de reduzir custos para os consumidores e atrair uma base de clientes com consciência ecológica, o engajamento na economia compartilhada pode abrir o tamanho do seu mercado.

Como orientar sua empresa para o compartilhamento

Estas quatro dicas podem ajudá-lo a se preparar para um novo capítulo de seu negócio de varejo:

1. Construa seu estoque com produtos de alta qualidade

Se você fabrica seus próprios produtos, considere atualizar os materiais para alternativas mais duráveis. Afinal, você deseja garantir que seus itens resistam à mudança de mãos entre vários clientes. Além disso, se você estocar outras marcas, procure itens de maior valor, que podem atrair os clientes. Isso pode aumentar seus custos iniciais, mas nas circunstâncias certas, eles podem ser compensados pelo aumento da demanda.

2. Retrabalhe suas operações e logística

Você precisará resolver alguns problemas essenciais, como definir o preço de seus aluguéis, procedimentos de coleta e devolução, políticas de taxas atrasadas e como você lidará com um cliente se algo voltar danificado ou quebrado, por exemplo.

3. Atualize sua tecnologia para acomodar reservas

A maioria dos clientes acostumados com a economia compartilhada faz reservas online ou por meio de um aplicativo. Para começar sua transição, atualize seu site para que os clientes possam facilmente examinar seu inventário e garantir uma reserva. Parece complicado? Não é! Várias soluções de software plug-and-play para essas necessidades já estão no mercado.

4. Preste atenção ao seu fluxo de caixa

É muito provável que a mudança para um modelo de compartilhamento mude seus padrões de fluxo de caixa. Você precisa saber quantos itens precisará alugar de uma vez para ter um fluxo de caixa confiável e uma margem de lucro alta. Determine quanto você cobrará pelo aluguel e se exigirá um depósito de segurança. Lembre-se de que as linhas de crédito de negócios (que você pode usar em situações de emergência) são sempre uma opção para uma crise de fluxo de caixa.

O modelo de economia compartilhada pode ser muito promissor, especialmente se você tiver os parceiros certos ao seu lado. Lembre-se de que estar devidamente capitalizado pode permitir que você atualize seu modelo de negócios de forma eficiente e correta, preparando sua empresa para o sucesso. Qual a melhor maneira de entrar no espaço de colaboração do que encontrar aqueles dispostos a compartilhar experiência, conhecimento e recursos? Pense nisso!

 


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Alesandra Regina De Almeida
Graduada em Administrao de Empresas e Especialista em Controladoria e Finanas pela Pontifcia Universidade Catlica do Paran. Consultora do SEBRAE/PR, Gestora da Linha Estratgica Educao Empreendedora e do Comrcio Varejista da Regional Norte.favorite_outline Seguir Perfil
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