A automação industrial está relacionada com o uso de sistemas, tecnologia da informação, além de computadores e robôs, para lidar com uma vasta gama de procedimentos. Por conta disso, as máquinas estão cada vez mais substituindo os seres humanos.
Inicialmente, o objetivo da automação era aumentar a produtividade e reduzir os custos com salários e benefícios pagos aos trabalhadores. Hoje, entretanto, o foco da automação é aumentar a qualidade e a flexibilidade do processo de fabricação. Na prática, as máquinas conseguem hoje realizar trabalhos que um ser humano demoraria muito mais para concluir, além de possuírem uma taxa de erro, na maioria dos casos, praticamente inexistente.
Fonte: https://www.abc71.com.br/blog/gestao/automacao-industrial-dias-de-hoje
Apesar dos gastos iniciais, investir em máquinas pode significar grande economia no médio e longo prazos, pois causa queda no custo de produção: ao eliminar os custos de seguro-desemprego, seguro de vida, plano de saúde, feriados, dentre outros benefícios que muitas vezes precisam ser concedidos aos trabalhadores. O custo de manutenção associado às máquinas é menor porque elas não costumam falhar.
Outro ponto a ser ressaltado, é a alta produtividade associada ao uso de máquinas. Embora muitas empresas contratem centenas de trabalhadores para operarem pelo máximo de tempo possível, a fábrica ainda precisa ser fechada para manutenções e feriados. A automação industrial cumpre o objetivo da empresa (maximizar seus lucros), permitindo-lhe operar uma fábrica 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias por ano. Isso leva a um aumento significativo da produtividade da empresa.
A automação reduz os erros associados ao ser humano. Além disso, os robôs não apresentam fadiga, o que resulta em produtos de alto nível e qualidade uniforme.
A produção de novos produtos requer treinamento dos seres humanos, no entanto, os robôs podem ser programados para executar tarefas repetitivas. Isso torna o processo de fabricação mais flexível.
Hoje, as máquinas são capazes de fazer uma coleta de dados automatizada e extremamente eficiente, auxiliando o empresário na obtenção de informações de produção importantes com custos menores. A tecnologia da informação nos permite tomar as decisões certas enquanto reduzimos os custos e melhoramos nossos processos.
https://digest.bps.org.uk/2019/10/08/people-prefer-their-jobs-to-be-taken-by-robots-not-other-workers/
O investimento inicial associado à mudança de uma linha de produção humana para uma linha de produção automatizada é muito alto. Além disso, custos substanciais estão envolvidos no treinamento de funcionários para lidar com esses novos equipamentos. Vale a pena fazer uma análise de viabilidade-econômico financeira antes da migração, pois o sucesso depende de diversos fatores.
Além disso, deixando de lado a visão do empresário e nos colocando no lugar do trabalhador, a automatização é capaz de gerar uma verdadeira onda de desempregados, sobretudo aqueles com menor nível de escolaridade.
Fonte: https://www.freightwaves.com/news/robots-to-displace-transport-and-manufacturing-workers-in-vast-numbers
Pelos padrões globais, os atuais níveis de automação do Brasil são visivelmente baixos. Em 2018, a Federação Internacional de Robótica (International Federation of Robotics) classificou o Brasil como sendo o 39º país mais automatizado, numa pesquisa feita com 44 países, contendo apenas 10 trabalhadores robôs a cada 10.000 trabalhadores humanos. Na pesquisa, o Brasil foi visivelmente ultrapassado pela Argentina, que ficou em 35º lugar, com 18 robôs para cada 10.000 trabalhadores, e o México, ficou em 31º lugar, com 32 robôs para cada 10.000 trabalhadores.
Sabendo disso, o governo brasileiro está trabalhando muito para melhorar essa situação. Em 2018, foi anunciada uma estratégia que visa garantir que, até 2033, no mínimo 15% da economia brasileira fosse automatizada. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) investiu £1,97 bilhão e espera ver os frutos dessa estratégia.
Como curiosidade, trago a vocês a informação de que, ainda em 2018, a Scania inaugurou em São Bernardo do Campo (SP) uma fábrica 100% automatizada e com grande parte da energia provida por painéis solares. Tal fábrica atende 30 países ao redor do mundo, produzindo anualmente cerca de 25 mil veículos. E, ainda assim, conta com 160 funcionários que atuam na sucursal, segundo matéria de 2018 do Canal Tech. Números impressionantes para tão poucos funcionários, não é mesmo?
https://blog.acoplastbrasil.com.br/automacao-industrial/
Já um estudo de 2019, da Universidade de Brasília (UnB), utilizou um banco de dados do governo federal que é utilizado para analisar o mercado de trabalho brasileiro. O banco de dados cobre 97% dos empregos formais do país e inclui informações como a renda dos trabalhadores, o nível educacional e o tempo de contribuição.
A conclusão foi a de que, se as empresas brasileiras continuarem a empregar tecnologias de automação no ritmo atual, tal ato pode resultar na aniquilação de 30 milhões de empregos até 2026.
De acordo com o estudo, a automação ameaça mais empregos no Brasil do que nos Estados Unidos, onde 47% das vagas poderiam ser eliminadas pela tecnologia, porém menos que na Europa, com 59%.
A automação industrial tem encontrado cada vez mais aceitação em várias indústrias devido a grande quantidade de benefícios que traz consigo, como maior produtividade, qualidade, segurança e custos baixos. Entretanto, cabe a você fazer uma análise detalhada e minuciosa, pois tudo depende do seu mindset, suas ambições, mercado no qual está inserido e capital disponível para investir.