Com a alta da inflação e a taxa de juros a níveis realmente alarmantes, o valor do frete para transporte de cargas, inevitavelmente, teve uma alta realmente significativa, que teve um efeito direto no bolso, tanto do consumidor, quanto das transportadoras.
Segundo uma pesquisa realizada pela FreteBras, hoje, em outubro de 2021, o valor do frete para transportes rodoviários de cargas teve um aumento de 1,58% em todo o território brasileiro, em comparação com o mês de agosto do ano passado.
Ainda segundo o índice de preços da plataforma de transporte de cargas, que desempenha junto com o segmento de relações entre transportadoras e caminhoneiros, o preço médio do frete no Brasil em agosto foi de R$ 0,98 por km e por eixo.
Com isso, o setor de transporte está tentando renegociar os contratos com seus clientes. Segundo informações do jornal Valor Econômico, também em outubro de 2021, o setor de comércio já recebeu cerca de 5% a 10% de reajuste nos fretes de mercadorias.
De acordo com dados da NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), nos últimos 12 meses, os gastos de logística rodoviária com cargas fechadas subiram 25,31%, e as cargas fracionadas (menores quantidades) aumentaram 22,47%.
Isso também se deve ao aumento do preço dos combustíveis, que impacta de 30% a 60% do frete no Brasil, então os empresários têm de buscar diminuir os custos sempre que possível.
Segundo dados do Poder360, houve uma alta de 10% a 22% no preço na bomba desde abril de 2021. Somente na primeira semana de setembro, o preço médio da gasolina subiu para R$ 6,00, o diesel foi para R$ 4,63 e o etanol está custando R$ 4,61.
Um movimento bastante buscado pelas transportadoras é o de tentar repassar o impacto que a inflação está tendo nos gastos logísticos. Entretanto, o grande comércio tenta adiar estes reajustes, sob a prerrogativa de que os consumidores não tiveram aumento de renda e, assim, não conseguem arcar com o aumento nos preços.
Uma alternativa viável encontrada é o leilão de caminhão, que os donos das empresas têm buscado como forma de diluir o custo e tentar diminuir o impacto direto no preço dos fretes.
Uma das saídas também encontradas para diminuir os custos é a contratação de empresas menores para realizar a parte final da entrega de mercadorias, alimentando um novo nicho de mercado para atuação e geração de empregos.