Dados evidenciam que o brasileiro aderiu fortemente à cultura do e-commerce, inclusive para a aquisição de produtos que até uns anos atrás eram inconcebíveis comprar online, como um colchão. Se antigamente a compra de colchões era estritamente realizada de forma presencial, porque acreditava-se que era preciso testar o colchão antes de comprar, hoje, com o aumento das informações nos anúncios dos produtos, com fotos, descrições e vídeos nas plataformas de e-commerces e marketplaces, não é algo absurdo saber como adquirir um bom colchão pela internet. Aliás, a venda de colchões online vem crescendo muito nos últimos anos, demonstrando que até mesmo um produto com um ticket médio mais alto e de longa duração pode ser comercializado pela web. Um dos fatores que também contribui para essa nova realidade é o direito do consumidor de devolver o produto, com o reembolso integral do valor pago, em até sete dias após o recebimento da mercadoria em sua residência, desde que não existam vestígios de uso ou avaria por parte do comprador. Além disso, a cultura de avaliações dos produtos em fotos e vídeos aderida por e-commerces e marketplaces também contribuiu bastante para que o número de compras on-line aumentasse consideravelmente. Sem contar o fato que o cliente recebe o produto no seu endereço e pode efetuar a compra em qualquer horário e dia da semana. E essa nova realidade chegou ao mercado brasileiro e o segmento de venda de colchões pela internet promete crescer ainda mais nos próximos anos. Dados estatísticos do E-commerce Brasil, da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) e do site Mordor Intelligence mostram que o consumo de colchões está em ascensão e os números tendem a ser positivos no futuro neste mercado. Acompanhe! Segundo a pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o e-commerce brasileiro faturou mais de R$ 200 bilhões em 2024, com crescimento superior a 10% em relação a 2023. A implementação da Inteligência Artificial ajudou a impulsionar as vendas e, para 2025, a ABComm prevê faturamento acima de R$ 234 bilhões (+15%), ticket médio de R$ 539,28 e três milhões de novos compradores, conforme indicado pelo "Perfil do E-Commerce Brasileiro" da BigData Corp. Este aumento acompanhou um forte investimento no setor, com um aumento de 17% no número de lojas virtuais, superando a marca de 1,9 milhão de e-commerces brasileiros. Dados de 2024, baseados em uma amostra de mais de 20 milhões de sites brasileiros, revelam que o comércio eletrônico brasileiro continua a prosperar, mesmo com o retorno das operações presenciais. Thoran Rodrigues, CEO da BigData Corp, destaca que o comércio eletrônico no Brasil está se tornando cada vez mais inclusivo, atendendo a diversos públicos e regiões. Um destaque significativo nos dados é o aumento notável de empresas de pequeno porte, com faturamento anual de até R$5 milhões, que estão vendendo on-line. Esse crescimento coincide com uma diminuição na proporção de empresas com faturamento mais alto, que agora representam apenas 2,7% do total. Além disso, observa-se uma redução na integração de canais de vendas físicas, com a parcela de e-commerces que possuem loja física caindo para 16,5%, em comparação com cerca de 19% em 2022. Por outro lado, os marketplaces estão ganhando ainda mais relevância, com um aumento de 61% no número de e-commerces presentes em pelo menos um deles nos últimos dois anos, aumentando a taxa de participação de 14,8% para 23,8%. Já em termos de faturamento, as compras on-line atingiram R$ 200 bilhões em 2024 no mercado brasileiro, segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). Esse número representa um crescimento de mais de 10% em relação a 2023. E para 2025, com o brasileiro cada vez mais à vontade para comprar online, a tendência é que esse número cresça ainda mais. Segundo projeções da Abcomm, o faturamento das lojas virtuais no Brasil deve superar os R$ 234 bilhões, com um ticket médio de mais de R$ 500,00 e mais de 90 milhões de consumidores. O cenário da indústria de colchões no Brasil é caracterizado por uma grande fragmentação, com a presença de diversos players locais e globais. Não à toa, o país abriga mais de 400 indústrias ativas no segmento de colchões. É notável o aumento na competição, com novas marcas buscando se consolidar no mercado de colchões. Contudo, os consumidores têm buscado cada vez mais informações antes de realizar suas compras. No setor de colchões, as empresas que possuem as certificações necessárias para a comprovação da qualidade do seu produto saem na frente. O INER (Instituto Nacional de Estudos do Repouso) e a ABICOL (Associação Brasileira das Indústrias do Colchões) são as mais rigorosas e mais importantes certificações do mercado e as empresas que detém os selos Pró-Espuma e ABICOL em seus colchões têm como comprovar a sua qualidade. Para se ter ideia da importância desses certificados, apenas seis indústrias do Brasil possuem o selo Pró-Espuma concedido pelo INER, dentre as mais de 400 que operam no país atualmente. Acompanhando este movimento, o consumidor brasileiro está mais interessado em dormir melhor e pesquisado mais sobre como aprender a comprar colchão, já que trata-se de um bem que dura, em média, 7 anos. Neste sentido, as marcas desse mercado devem estar cada vez mais atentas às exigências do consumidor. A partir de 2019, houve uma invasão de produtos importados, principalmente da indústria chinesa, graças à política de livre mercado adotada pelo Governo Brasileiro em um acordo internacional com a China. Contudo, o setor colchoeiro brasileiro conseguiu segurar essa tentativa de invasão de produtos chineses no mercado nacional, visto que esses produtos vindos do exterior não possuem as certificações de qualidade que as principais indústrias brasileiras asseguram para o seu consumidor. Adriana Pierini, diretora-executiva da ABICOL (Associação Brasileira da Indústria de Colchões), afirma que como “não tem como conceder a certificação dos colchões para esses produtos chineses, não se pode afirmar que eles sejam produtos livres de riscos para o consumidor”. Nesse sentido, a produção nacional de colchões ainda detém o grande destaque no mercado brasileiro e as marcas brasileiras ainda conseguem manter a relevância entre o público quando o assunto é qualidade. Vanessa Ferraz, Diretora da BF Colchões e referência de liderança feminina no e-commerce, a frente da loja Emcompre, destaca que o colchão é a ferramenta do sono e que adquirir produtos sem as certificações do INER, ABICOL, INMETRO e ISPA (International Sleep Products Association) é um erro e vai na contramão da busca por um sono de qualidade. Segundo dados levantados pela Mordor Intelligence, o mercado nacional de colchões deverá registrar uma taxa de crescimento anual composta superior a 8% durante o período de previsão de 2025 a 2030, uma vez que as pessoas têm se conscientizado cada vez da importância de trocar de colchão dentro do período recomendado. Mas não apenas isso, o consumidor também tem buscado mais conforto e tecnologia para dormir melhor. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira do Sono, cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem com insônia ou outros distúrbios do sono. Por isso, a tendência é que a indústria do sono cresça junto com a busca por um sono de qualidade. Após as ondas da alimentação saudável e uma rotina de exercícios físicos, adentramos na era do sono como pilar para a manutenção da saúde e bem-estar. E dentro deste movimento em ascensão, nem sempre a substituição do colchão, dos travesseiros e das roupas de cama é motivada apenas pelo tempo de uso (embora esse seja um aspecto importante), mas também pela busca de novas tecnologias que prometem revolucionar os momentos de descanso. Se antigamente era de conhecimento popular que os colchões eram feitos com espuma ou molas, hoje, novas espumas e tecnologias surgiram e os colchões oferecem diferentes tipos de conforto e benefícios para os usuários. Isso significa que há uma perspectiva positiva para as indústrias de colchões sérias e que apresentarem produtos inovadores no mercado, já que os consumidores estão cada vez mais exigentes e buscando por mais do que um simples produto para deitar. O colchão é um bem que faz parte do cuidado diário com a saúde e bem-estar, afinal, nos deitamos em um todas as noites para descansar e renovar as energias para o próximo dia. Portanto, a busca por qualidade deixou de ser uma tendência e tornou-se uma realidade. Gostou desse conteúdo? Aproveite e compartilhe com quem você acredita que também vai se interessar em conhecer esses dados da indústria do sono!Um segmento em constante crescimento.
O crescimento do e-commerce no Brasil em 2024 e as perspectivas para 2025
O que o mercado de colchões no Brasil revela?
Perspectiva de crescimento para o setor de colchões para os próximos anos