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Capital de giro: entenda o que é, qual sua função e importância no cenário empresarial

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Capital de giro: entenda o que é, qual sua função e importância no cenário empresarial
Criado em 07 DEZ. 2023
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O Brasil é um país cujo aumento no número de empreendedores contrasta com o de fechamento de empresas. Conforme o Mapa de Empresas, relatório divulgado pelo Governo Federal, mais de 700 mil empresas fecharam somente nos primeiros meses do ano de 2023. Segundo o IBGE, 60% das empresas fecham em até 5 anos após criadas.


Por outro lado, mais de 1,3 milhão foram abertas no mesmo período. Das quase 21 milhões de empresas existentes no país, quase 60% são microempreendedores individuais, ou MEI.


Um dos principais sintomas da morte das empresas, apontado pelo SEBRAE, é a falta de capital de giro e as dificuldades relacionadas ao volume de vendas. 


O que é o capital de giro? 


O capital de giro é parte fundamental de qualquer empresa. Ele nada mais é do que o somatório de todos os seus recursos disponíveis, necessários para o funcionamento e para a continuidade de existência da empresa. Crédito, estoques, dinheiro em caixa: tudo entra para a conta do capital de giro.


Sua função vai desde pagar as contas básicas da empresa, como salários, matéria-prima e contas de consumo, até agir como um demonstrativo da saúde financeira da empresa. Por conta disso, fazem parte do cálculo os ativos de maior liquidez, ou seja, os que podem rapidamente ser convertidos em dinheiro para o cumprimento das obrigações. 


Em suma, é aquele dinheiro que a empresa tem em caixa para realizar as operações básicas. Em empresas novas, é normal que o investimento inicial preveja uma parcela separada apenas para servir como capital de giro: é comum que durante um bom espaço de tempo não haja lucro ou que ele seja muito baixo. 


Portanto, o capital de giro serve como um apoio financeiro até que os objetivos iniciais tenham sido atingidos. Conhecer o quanto é necessário ter capital de giro é algo essencial para qualquer empresa. A conta básica é simples: soma-se tudo que for ativo de alta liquidez (dinheiro em caixa e estoque, por exemplo) e subtrai-se deste total todas aquelas despesas mais correntes (salários, aluguel, despesas de consumo e fornecedores). 


Qual é a importância do capital de giro? 


Esse conhecimento é importante de se levar em conta para planejamento e implantação de novas estratégias, imprevistos financeiros devido a causas econômicas externas, por exemplo, mas, de maneira geral, para se obter segurança financeira e um pouco de previsibilidade para as mais variadas intempéries que podem acometer uma empresa. 


No entanto, não há só um tipo de capital de giro. Conhecer cada um deles e como eles se demonstram e se aplicam é importante para compreender a situação financeira da empresa como um todo. Os tipos são: 


Capital de giro neutro 


É aquele quando lucro e despesas empatam. A empresa pode estar em uma situação financeira confortável, mas pode não estar pronta para alguma adversidade pelo fato de não conseguir fazer sobrar recursos. Nestes casos, deve-se procurar aumentar a receita ou reduzir despesas. 


Capital de giro negativo 


Neste caso, a empresa gasta mais do que ganha ou deve mais do que ganha. De qualquer modo, é uma situação que deve ser estudada e revertida pelo bem da sua saúde financeira. 


Capital de giro próprio 


É aquele que não depende de nenhum capital externo - investimentos ou empréstimos - para se manter. A empresa se basta com seus recursos próprios. 


Capital de giro misto 


Quando os próprios recursos não são suficientes e recursos externos são necessários, tem-se o capital de giro misto. Empresas com o caixa saudável têm certos benefícios: a possibilidade de oferecer vendas a prazo para seus clientes, por exemplo, ou fazer investimentos mais vultosos. Em um cenário de concorrência acirrada, esses podem ser ótimos diferenciais. Para tanto, é necessário se debruçar sobre as finanças da empresa e organizar uma boa gestão. 


Qual a relação do capital de giro com a boa gestão financeira? 


Os sinais de uma boa gestão geralmente envolvem recursos em bom equilíbrio com as despesas, manutenção das taxas de lucros em níveis esperados, inadimplência de baixa a inexistente e afastamento de fontes externas de capital - caso dos empréstimos. Deve-se igualmente conhecer os ciclos e as sazonalidades características do próprio empreendimento e do segmento como um todo. 


 Conhecer as próprias operações também é fundamental. Entender que um produto em produção envolve várias etapas, do investimento inicial, da produção propriamente dita até a sua venda, e que tudo isso demanda um certo tempo. A garantia do capital de giro durante este período é fundamental para o bom funcionamento da cadeia produtiva e da saúde financeira da empresa. 


Contudo, a melhor forma de assegurar um capital de giro em ordem passa primordialmente pela tentativa constante de reduzir custos. Isso inclui cuidado com os detalhes dos processos: compras melhores geram menos itens inutilizados guardados em estoque, melhorando o relacionamento com fornecedores com a finalidade de conseguir condições melhores de pagamento, por exemplo, sendo que o mesmo serve para os bancos. 


A austeridade em alguns momentos pode ser importante quando se pensa em investimentos futuros. Essa disciplina com os gastos e a paciência com as finanças podem ser o diferencial para um caixa mais saudável. Um bom controle, portanto, é fundamental: ter tudo bem identificado e planejado, sejam gastos ou receitas, serve para que o capital de giro não se perca de vista. 


No mais, saber negociar e reduzir gastos certamente ajuda a aumentar o capital de giro. Procurar fazer economia na conta de luz, desde que não interfira na produtividade, pode ser uma saída interessante. Avaliar a possibilidade no aumento da margem de lucro, trocar de fornecedores ou tentar melhores condições de pagamento de uma dívida também podem ser medidas efetivas.


Até breve!

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