Descontos surreais, propagandas mirabolantes. A Black Friday nos lembra que temos que comprar. Às vezes nem sabemos o que, nem conseguimos pensar em algo que precisamos, mas compramos mesmo assim, afinal não podemos perder a Black Friday, não é mesmo? Não podemos perder nenhuma oportunidade! (mesmo que nem sempre nos sirva)
Nós vivemos em uma sociedade consumista. Diariamente somos bombardeados de propagandas que nos pressionam a comprar. Comprar se tornou um hábito. Dia após dia compramos coisas incríveis que não precisamos. São centenas de novas ideias, máquinas de fazer suco que transformam frutas em líquidos perfeitamente coados ou aqueles moldes inacreditáveis que fritam ovos em formato de gatinhos. Um arsenal de bugigangas que nem sempre são muito úteis.
E a cada geração consumimos mais. Há 30 anos atrás não jogávamos no lixo uma cápsula para cada café que tomávamos, por exemplo. Hoje descartamos 8 mil toneladas de cápsulas por ano. Consumir sem pensar está nos matando! E essa frase não é exagerada. Estamos chegando no limite do que o planeta pode aguentar.
Crise climática, degradação do solo, colapso dos habitats naturais e das espécies, mar de plástico, poluição do ar, escassez de água, extinção dos insetos necessários à polinização: tudo isso está acontecendo por conta do consumo. Além disso, sabia que aquela calça brilhante para a academia pode ter sido feita por uma criança que é forçada a trabalhar?
Agora, chute um palpite de quem é capaz de mudar essas coisas?
O próprio consumo!
Nosso poder de compra pode mudar a forma como o mundo funciona e sobrevive. A cada compra escolhemos o que queremos financiar e, acredite, tem organizações por aí fazendo trabalhos inacreditáveis! Esse é o caso da Sari Bari, uma empresa privada estabelecida na Índia que transforma vestimentas velhas em peças de decoração e para isso emprega mulheres resgatadas do tráfico para exploração sexual.
E se todo o nosso consumo fosse direcionado para lugares assim?
Os negócios de impacto tem se fortalecido e direcionado estratégias inovadoras de mercado.
São pequenas decisões do dia a dia que fazem a diferença. O café que explora o produtor ou o café que valoriza quem produz? O sabão com a embalagem de plástico comum ou o sabão com a embalagem feita de plástico reciclado retirado dos oceanos? O absorvente descartável ou o coletor menstrual? Essas escolhas podem mudar o rumo da humanidade e levá-la em direção à uma sociedade mais justa.
Então isso quer dizer que não podemos comprar presentes de natal para as pessoas que amamos? Sim, podemos!
Podemos comprar para nossos amigos e podemos comprar também para nós, afinal a gente entende que o consumo muitas vezes é necessário. Precisamos de comida, de roupas, de cobertores, mas é importante lembrar que cada uma dessas escolhas financia algo, e a decisão do que financiar é totalmente nossa.
É hora de fazermos um consumo INOVADOR. Precisamos definir as prioridades e inovar na forma como nos relacionamos com tudo o que consumimos e realmente necessitamos consumir.
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