O Paraná em sua História, teve diversos ciclos econômicos, começando com o ciclo do ouro, seguido da madeira, do chá, do café, até chegarmos ao dia de hoje. Percebemos que todos estes ciclos envolveram a terra e por trás teremos sempre o homem, muitas vezes solitário, longe das benesses que ele gerou.
Esse homem, queimado do sol, mãos calejadas, que ao sulcar o solo, foi abrindo estradas, erguendo cidades, expandindo fronteiras que se estenderam do Atlântico até as barrancas do rio Paraná. Foi aos limites dos estados vizinhos e marcou com o seu suor a sua fé no Criador.
No seu tempo, entre feixes de chá, carroças seguindo por picadas e estradas de lama e de terra, às cidades e serviam às mesas o leite, o queijo, o pão do trigo colhido, o arroz e feijão do almoço e tantas vezes aquela mesma carroça transportava os produtos do solo, em riquezas que sustentaram o Paraná.
E da semente do campo foram geradas as indústrias!
O agronegócio
Aquele homem solitário, que com sua família numa pequena casinha de madeira, aquecida por um fogão a lenha, recebe a eletricidade e aos poucos vai progredindo, manda o filho para as universidades e com ele volta a tecnologia.
Esses mesmos jovens que viveram no campo e sonharam com um novo tempo para a agropecuária lavradas pelo seus pais, vão desenvolver novas tecnologias em ambientes de estudos e pesquisas.
E da semente do campo foram geradas as indústrias!
A agroindústria, que corresponde a junção entre a produção agropecuária e a indústria, se relaciona ao mesmo tempo a diversos ramos da indústria, pois há necessidade de embalagens, insumos agrícolas, irrigação, transportes, máquinas e implementos, envolvendo de forma direta e indireta o comércio. Muitos dos produtos dos agronegócios fazem parte da nossa vida, como madeira dos móveis, as roupas de algodão, essência dos sabonetes e uma boa parte dos remédios. E é claro os alimentos, processados ou não, que fazem parte do nosso dia a dia.
O Paraná soube bem aproveitar essa tecnologia, desde a introdução das curvas de níveis em décadas passadas, como a aplicabilidade do plantio direto tornando o solo mais rico. O uso do controle biológico veio contribuir para sanar as pragas e o avanço genético melhorou o rendimento e a qualidade dos animais.
Assim podemos entender como o processo do agronegócio transforma a produção agropecuária, utilizando uma série de tecnologias e biotecnologias para alcançar níveis elevados de produtividade. Por isso que é comum a frase que o agro é movido pela ciência.
A riqueza do agronegócio paranaense
O agronegócio paranaense está numa posição estratégica impulsionando a economia brasileira. Graças ao aumento da sua capacidade competitiva, colabora para a recuperação da economia nacional com o aumento das exportações, dentre eles a soja e seus derivados, como o óleo e o farelo.
Para a economia do Paraná o agro é responsável por mais de 30% do PIB paranaense, gerando empregos, estimulando o comércio e alavancando novas indústrias. A cada supersafra novos investimentos são feitos, é por isso que o Paraná é considerado o celeiro da nação e é considerado o segundo maior polo da produção agroindustrial brasileira e o que mais agrega valor à produção rural.
O agronegócio foi responsável por cerca de 77,6% das exportações do Paraná em 2019. Dos US$ 16,2 bilhões exportados, US$ 12,6 bilhões são dos produtos do agronegócio.
O agronegócio envolve praticamente todos os municípios paranaenses, mesmo aqueles que não representam produtores agrícolas estão diretamente envolvidos, como Paranaguá e Antonina, pois é através de seus portos que saem toda a produção do agronegócio paranaense e dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, além dos produtos gerados pelo Paraguai.
O novo homem do campo
Se antes solitário, hoje o agricultor é um homem de negócios. O agricultor cultiva a terra com tecnologia, cria seus animais com pastos verdejantes e produtos biológicos que os protegem.
Talvez possamos pensar que o homem do campo, seja um mega produtor, mas no Paraná é o pequeno e médio agricultor e pecuarista, responsáveis pela agroindústria que vai à sua mesa, que colabora com a economia paranaense. É ele que acessa mais a informática, que busca os preços do mercado local e internacional, que está atendo as mudanças climáticas. Pesquisa por novas tecnologias e, também tem a necessidade de ser um bom empresário do campo.
Portanto não é mais o solitário, ele conta com empresas especializadas em pesquisas e é no Sebrae/PR que tem o apoio, o incentivo e a capacitação empresarial.
O Sebrae/PR faz o reconhecimento, incentiva e auxilia o desenvolvimento dos empresários das pequenas e médias fazendas a serem mais eficientes no dia a dia no campo.
O mais importante é o reconhecimento a este homem do campo. Em nossas orações pedimos a Deus que proteja e ilumine os caminhos desse Bandeirante do Paraná de ontem e hoje.
EPrugner