No mês de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A data tem um histórico de força e inspiração!
Para contribuir com a temática, hoje escrevo sobre as mulheres e suas lutas, especialmente na Liderança.
Estou lendo um romance do premiado escritor Ken Follett. A estória se passa na idade das trevas, por volta do ano 1.000 dC. Desde aquela época e talvez de outras muito anteriores, as mulheres serviam aos seus senhores, seja como esposas ou como escravas. Os estupros e açoites eram algo natural, inclusive realizados pelo próprio marido e com a anuência dos reis e governantes.
De lá para cá, tivemos muitas evoluções em benefício das mulheres, sem dúvida. No entanto, muitos homens ainda continuam com o pensamento e as atitudes como a dos bárbaros da idade das trevas e entendem que a mulher deve servi-los, em casa e nas organizações.
Mulheres x ambiente profissional
Se olharmos para a área organizacional, não é novidade que há muitas mulheres, inclusive em algumas empresas elas são a maioria, mas nos altos cargos de liderança elas são raras.
Do pondo de vista teórico, o fenômeno da Abelha Rainha - rótulo dado a mulheres que buscam o sucesso individual em ambientes dominados por homens, ajustando-se à cultura masculina e distanciando-se de outras mulheres - mostra que as mulheres que conseguem romper a barreira e chegar ao topo, espelham-se no comportamento masculino e afastam-se física e psicologicamente das outras mulheres de grupos inferiores, endossando e legitimando a hierarquia de gênero para poder se manter no poder. Isso gera mais barreiras para que outras mulheres possam escalar os degraus da liderança.
Esse comportamento de Abelha Rainha costuma surgir em culturas onde as mulheres sofrem ameaças explícitas ou veladas por serem mulheres competentes e líderes que se diferenciam no que fazem.
Os estudos indicam que para as organizações alcançarem equidade de gênero de fato e aproveitarem todo o potencial de suas equipes, devem observar alguns pontos, dentre eles:
1. Reconhecer a natureza cognitiva e motivacional dos estereótipos de gênero.
2. Tornar os processos de recrutamento e seleção menos propícios a influência de vieses inconsciente (vou escrever outro post sobre isso). Fazer seleção às cegas, por exemplo. Processo em que se omite o sexo do candidato/a.
3. Reconsiderar e reavaliar a natureza dos diferentes papéis sociais e tipos de trabalho designados para homens ou mulheres.
4. Educar os gestores sobre como os vieses inconscientes atuam.
Atenção! Os preconceitos em relação às mulheres liderarem não vem só dos homens, eles vêm também das próprias mulheres. Abordaremos mais da temática durante o mês de março, contribuindo para discussões da luta das mulheres, que apesar dos avanços, deve continuar.
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