Muitos líderes declaram sua admiração e valorização por pessoas no ambiente das organizações e raros serão aqueles que não dizem que as pessoas não são importantes ou que se deve priorizá-las nas rotinas da corporação. Contudo, o grande desafio está em tomar decisões que tenham apreço às necessidades das pessoas, levando em consideração o que realmente importa, e criando uma cultura ESG humanizada.
Estudos revelam que muitas empresas cultivam e reproduzem um ambiente tóxico, mesmo que de maneira involuntária, gerando desgaste e insegurança psicológica em muitos trabalhadores. As causas podem ser diversas como a falta de (auto)percepção da liderança em relação ao seu comportamento (autoritário) sobre os colaboradores, a pressão excessiva para atingir metas e elevando o nível de estresse entre os colaboradores, o incentivo da competitividade entre os membros da equipe, e o desrespeito entre os profissionais, etc.
Ambiente de trabalho tóxico, nome que se dá a um espaço que não está alinhado com o estilo de vida de um profissional, trazem prejuízos à rotina da organização, à medida que permanece no lugar. Locais como esses podem gerar aumento de ansiedade, desgaste emocional e vários outros tipos de mal-estar físico e psicológico (Caroline Castrillon FORBES, 2022)
Para reverter esse quadro, é preciso criar uma cultura humanizada, que valorize o potencial humano e possibilite o desenvolvimento de suas habilidades para melhor desempenho das atividades no ambiente de trabalho. Em locais onde os profissionais se sentem seguros e acolhidos o nível de confiança é maior e isso promove uma maior colaboração entre seus membros.
É uma relação ganha-ganha entre empresas e colaborares!
No modelo tradicional de gestão de empresas,
fortemente enraizado nas premissas de que pessoas são ferramentas (ou recursos humanos)
para alcançar metas e obter lucros, os colaboradores tendem a ser vistos como
uma engrenagem das máquinas, uma extensão mecânica, carentes de coração, paixão
e alma.
Contudo, nas empresas humanizadas os resultados podem ser medidos pelo nível de envolvimento e grau de engajamento de seus colaboradores, tratando-os com respeito e estabelecendo uma relação de confiança para alcançar objetivos estratégicos da organização.
Por isso, destaca-se a liderança humanizada como agente de transformação deste processo, respeitando o lado humano de seus colaboradores e visando a felicidade e o senso de propósito no ambiente de trabalho.
Vamos humanizar o ambiente de trabalho?
Gisele Victor Batista
Consultora, Palestrante, Conselheira e Mentora em Sustentabilidade, ESG e Responsabilidade Social nas empresas.