Várias marcas estão lançando programas de suporte para ajudar seus parceiros independentes ou lojas especializadas (franquias/exclusivos) a enfrentar a tempestade COVID-19.
Há algum tempo várias marcas do mercado brasileiro e internacional tem enfrentado o problema da venda por e-commerce interferir diretamente no resultado dos seus operadores de varejo tradicional.
Não é de hoje que sabemos que o e-commerce cria diversos facilitadores e implicadores com relação ao comércio. Podemos dizer que quanto maior a rede de distribuição, maior será o impacto no negócios de varejo tradicional.
Muito se falou sobre o Omnichannel mas pouco foi explorada a situação do seu impacto direto no varejo e também como realizar tal projeto sem definhar minha própria rede.
Podemos elencar 3 principais facilitadores que se tornam problemas para as grades marcas.
Primeiro a facilidade de consulta de preços que o e-commerce gera. Neste sentido, o menor preço sempre é encontrado de forma fácil de forma que obriga operações de varejo não tão eficientes a venderem com o menor preço, mesmo gerando prejuízo.
Segundo é a facilidade de estoque, entendendo que o consumidor consegue, desde que se programando antecipadamente, receber o seu produto sem ter que se limitar a modelo ou cor disponíveis.
Terceiro é a compra adicional ( conhecida coma aumento de Ticket médio) na venda online. Podemos ver de duas formas tal situação. Na venda online, caso o uso de marketplace, o próprio MP vai indicar produtos análogos ou 'compraram também' para o comprador, podendo ser de loja diversa da sua marca. No caos de E-commerce proprietário, fica mais complexo de vender itens complementares pois o comprador busca direto o que quer.
Podemos elencar um quarto, que no caso do Brasil ainda é um vetor negativo do processo de venda online, que é a entrega. Ainda não somos eficientes no processo de entrega, o que remete ao consumidor ainda preferir o processo de compra tradicional em razão a velocidade na disponibilidade do produto. Mas, este momento COVID-19 irá de certa forma nos reeducar para que possamos nos programar de forma antecipada as compras.
Todos os 3 motivos para termos o e-commerce nos remetem a muitos outros motivos para não termos.
A questão do preço, pode em pouco tempo inviabilizar determinada operação de varejo. Podemos usar como exemplo as 'falecidas' FNAC do Brasil, SARAIVA e outras livrarias que estão encerrando as atividades ou agonizando num mundo que mudou completamente neste momento. As próprias editoras fomentaram o fim deste canal de vendas. No mesmo sentido, a facilidade de estoque, tirou a atenção dos compradores de varejistas tradicionais e remeteu eles a outros varejistas, que por sua vez podem ser mais eficientes operacionalmente e/ou utilizar de estratégias nem tanto legais (como sonegação fiscal) para ofertar um produto.
O terceiro quesito que se relaciona a ticket médio, o comprador cada vez mais esta orientado para compras mais diretas de forma que este tipo vem diminuindo ao longo dos anos. Cada vez mais o consumidor é mais direto e compra menos.
O que podemos sempre verificar é que os fabricantes sempre enfrentam a constante concorrência de canais entre operações físicas e digitais (onde uma tende a matar a outra) mas que agora passam a ser fundamentais para a criação de um ecossistema em simbiose. Podemos dizer que a próxima fase do varejo será a simbiose de canais de distribuição e principalmente operações.
SIMBIOSE : (def) associação entre seres vivos na qual ambos são beneficiados; consortismo