Certamente, será muito difícil medir com exatidão os impactos econômicos e sociais promovidos pelo coronavírus na vida dos brasileiros.
Diante todos os efeitos, medidas e restrições, empreendedores se perguntam como lidar com a crise e de qual forma mitigar os riscos dos seus negócios. Com isso, a busca por estratégias para lidar com os impactos da recessão e proteger a saúde empresarial é a realidade das empresas de todos os portes e setores, sejam os pequenos negócios até mesmo as multinacionais.
Em pesquisa realizada pelo SEBRAE com MPEs de todo país, apontam que 88% dos empresários tiveram queda no faturamento, registrando em média 75% de redução. Da amostra, em torno de 62% das empresas interromperam as atividades temporariamente ou fecharam definitivamente. Já os 38% que continuam suas atividades, mudaram suas estratégicas de mercado e destes, 18% citaram ter demitido funcionários.
Para deixar claro a importância das MPEs, é válido recorrer a alguns dados. No Brasil, as MPEs respondem por 27% do PIB e somadas atingem 99% das empresas formalizadas do país. Ainda, os pequenos negócios são os principais geradores da riqueza do país, os quais correspondem a 36,3% da economia em serviços, 53,4% do comércio e 22,5% da indústria, o que gera 52% dos empregos e 40% da massa salarial brasileira.
Diante esses dados, é possível constatar o impacto da crise nessas empresas e a correlação com o desempenho econômico brasileiro, pois influenciam diretamente para o aumento do desemprego, redução de renda das famílias, perda do dinamismo e mercado, além da redução de receitas públicas.
Por isso, é fundamental que os gestores públicos e entidades olhem para esses empresários e auxiliem com alternativas sustentáveis para apoiá-los, é necessário oferecer condições para que sigam empreendendo, não só neste momento de isolamento social, mas também no pós-crise. Há necessidade de ações que mantenham o mercado minimamente aquecido.
É preciso agir! Neste sentido, o microcrédito quando orientado, poderá ser uma alternativa essencial no sustento dos negócios, com programas que incentivam e facilitam o acesso ao crédito, como empréstimos a juro zero, mecanismos de garantia de crédito e agilidade nos processos de análise e liberação, é possível salvar milhares de empresas, proteger empregos e garantir o sustento de inúmeras famílias.
Para tentar conter os efeitos da pandemia sobre a economia, países adotam medidas para auxiliar as empresas, veja alguns exemplos:
- Alemanha: criação de um fundo de 600 bilhões de euros para auxiliar as empresas; garantias de 90% do valor dos empréstimos bancários para as empresas; transferência de renda direta aos pequenos negócios para manter seus empreendimentos abertos;
- Colômbia: Isenção do imposto sobre vendas (IVA);
- Estados Unidos: destinou U$S 350 bilhões para empréstimos de pequenos negócios;
- Japão: empréstimos com juro zero para pequenas e médias empresas;
Portanto, não apenas no Brasil, as micro e pequenas empresas desempenham papel fundamental na economia, e, é dever de todos prestar o apoio necessário para a superação deste momento de crise global.
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Até a próxima!