Em um país onde 8 a cada 10 brasileiros estão endividados;
Onde 14 % dos valores destinados ao Bolsa Família são gastos com Bets (casas de apostas esportivas);
Quais as soluções a curto e longo prazo?
A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NAS ESCOLAS É UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL ...
A matemática, em especial a matemática financeira é sem dúvida uma das disciplinas de maior uso e aplicação na vida do cidadão. Desde crianças temos relações mercadológicas implantadas em nossa vivência seja diretamente, ou indiretamente através das ações financeiras e orçamentárias de nossos responsáveis.
Se tratando de responsáveis e crianças, muitas vezes essa relação familiar é inclusive conturbada e separada devido a não sabedoria e conhecimentos do correto e devido uso dos recursos financeiros através daqueles que tem a guarda da criança. Parte-se deste preceito que o dinheiro é logo nocivo a relação familiar, e a criança cresce e se desenvolve criticamente de maneira cognitiva, vendo o dinheiro e as finanças como algo prejudicial, não possuindo bases para geri-lo quando o possui, consequentemente repetindo a história que obteve em casa.
Essa pesquisa objetiva a sugestão da implantação e uso da Matemática financeira, como parte indispensável no currículo acadêmico, desde os primeiros anos (2 º ano em diante) do Ensino Fundamental. De modo a se pensar em resultados de médio a longo prazo, obtendo uma sociedade mais familiarizada e ciente com o devido uso dos recursos financeiros, sua aplicabilidade, gestão, consequentemente menores índices de traumas, crimes e rupturas sociais originadas pelo mau uso do dinheiro e orçamento particular familiar.
Em relação as dificuldades encontradas em sala de aula, especificamente em trazer um conteúdo aos alunos, de modo que os instigue e estes possam relacionar o aprendizado da sala de aula, com a prática que obterão, a matemática financeira colabora muito para com esta problemática. Cada vez mais, de maneira precoce, as crianças têm contato com o dinheiro e relação mercadológica (compra e venda), e aplicação da matemática financeira é uma ferramenta essencial ao uso direto da teoria esplanada em sala de aula. Diante disto, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), afirma no 2° inciso de seu primeiro artigo que “a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social”. Dessa forma, é essencial que os conteúdos ministrados façam sentido para o aluno, a fim de que ele tenha uma formação sociocultural crítica.
Na maioria dos currículos relacionados ao Ensino Fundamental, já se encontra disciplinas voltadas para a aplicação do ensino-aprendizagem da Matemática Financeira, porém este trabalho recomenda maior importância e maior quantidade de conteúdos relacionados a esta disciplina, principalmente, mas não somente nesta fase. Se justificando pela imensa demanda de conhecimentos econômicos, da nova sociedade, na construção de futuros cidadãos e cidadãs com melhor gestão de seu patrimônio particular.
DESENVOLVIMENTO
A boa gestão financeira de qualquer indivíduo tem impactos significativos em sua carreira pessoal, social e profissional. Saber gerir seus recursos mesmo que escassos, é um grande diferencial para que o cidadão obtenha uma melhor qualidade de vida. Diante da situação em que muitos possuem vastos recursos, mas qualidade de vida não condizentes com estes recursos, devido ao mau gerenciamento e uso de tais. Infelizmente a maioria das famílias brasileiras não gerem bem seus recursos, consequentemente os novos cidadãos vão repetindo em teoria, os mesmos erros financeiros de seus ascendentes.
O Sistema educacional brasileiro também não apresenta uma considerável importância ao Ensino aprendizado da matemática financeira, deixando lacunas a uma disciplina que é extremamente necessária e utilizada na vida de qualquer pessoa no mundo, ainda mais quando se objetiva um futuro melhor, com melhor qualidade de vida individual as pessoas, consequentemente a nação.
Diante da preocupação na formação não somente de alunos, mas de cidadãos ativos e protagonistas na sociedade, Escola e professores devem lançar mão de estratégias capazes de formar cidadãos autônomos frente ao mercado de consumo. Porém, o corpo docente, de modo geral, tem tido dificuldades em desenvolver satisfatoriamente este papel, pois na maioria dos cursos de Licenciatura em Matemática, a disciplina de Matemática Financeira sequer compõe a matriz curricular, tampouco é apresentada como disciplina optativa, acarretando uma formação docente deficitária e lacunosa nesta área.
De forma alguma é negligenciado a ação do docente na sala de aula, e sua capacitação, diante da coerente relação Ensino- aprendizagem-saber. Em muitos casos não basta exigir ou recomendar algo no currículo para os alunos, se os docentes não são capacitados para a ministração de tais conteúdos. E em especial na Matemática financeira, encontra-se muita dificuldade de entendimento, assimilação e até mesmo aspectos ideológicos , voltados a resistência deste assunto.
Para, Skovsmose (2001), a Matemática é crítica, podendo ser usada de diversas maneiras e acaba por auxiliar significativamente os indivíduos nas tomadas de decisões pessoais e coletivas e, principalmente, na construção da cidadania.
De acordo com o argumentado até então, “os conteúdos clássicos da Matemática e da Matemática Financeira são instrumentos para um processo mais amplo: a Educação Financeira” (SANTOS, 2005, p. 139), por isso Escola , professores , e os Sistema educacional brasileiro como um todo deve , dar a significância e importância devida a este assunto.
Diante disto, a Educação Financeira, através de conteúdos pertinentes e relativos da Matemática Financeira, torna-se essencial no currículo da Educação Básica, pois seu estudo e compreensão configuram-se como premissas básicas para a formação de sujeitos críticos, subsidiando suas tomadas de decisões frente ao mercado capitalista.
É grande a importância que essa parte da matemática tem na vida das pessoas, as quais estão permanentemente cercadas pelos 5 problemas de sobrevivência financeira, necessitando de clareza e autonomia para tomar decisões frente às situações diárias e para que possam compreender as transações comerciais e bancárias das quais se utilizam com frequência. (MARASINI, 2001, p. 10).
Borges (1999) realça a importância da inclusão direta da Matemática Financeira no currículo da Educação Básica, diante da precocidade da participação ativa de crianças e adolescentes nas relações financeiras e mercadológica domésticas envolvidas . Assim o Sistema Educacional deve proporcionar um apoio cientifico desde os primeiro anos de escolarização, a esta pratica direta das crianças.
Santos (2005) reforça que os conteúdos de Matemática financeira, quando abordados adequada e significativamente pela escola configuram, para seus sujeitos, importante arcabouço de “conhecimentos para planejar a própria vida e superar, em parte, a condição de exploração imposta por aqueles que dominam este saber essencial”.
Portanto tem se a ciência que o sucesso do ensino aprendizagem , depende e muito de seus agentes no âmbito desta relação, sendo os professores e os alunos. De maneira algum este trabalho tem como objetivo a critica aos professores, pelo contrário, este estudo objetiva oferecer também apoio científico bibliográfico primeiramente de maneira a conscientizar a importância e relevância da matemática financeira como disciplina fundamental para as crianças em fase escolar , desde seus primeiros anos acadêmicos, municiando assim os professores da rede escolar fundamental 1, de pautas e conhecimentos que inclusive os auxiliarão no cotidiano social e financeiro , além de maiores ferramentas e arcabouço teórico para a ministração de suas respectivas aulas.
O que é percebido no Sistema Educacional Brasileiro é uma constante cobrança sobre o trabalho do professor e da Escola, erroneamente nos conceitos de substituição da transferência de responsabilidade e educação das famílias dos alunos. O professor muitas vezes encontra crianças traumatizadas familiarmente, condições precárias de trabalho, e ainda tem a responsabilidade de criar uma aula que instigue e fomente a atenção e desejo dos alunos, buscando em sua criticidade ferramentas e métodos didáticos que contribuam para tal.
Especificamente o professor de matemática precisa ter “visão do que vem a ser a matemática em sua essência, do que constitui a atividade matemática, a aprendizagem da matemática e do que constitui um ambiente propício à aprendizagem da matemática” (D’AMBROSIO, 1993, p. 41), pois só assim conseguirá fazer com que seus alunos se interessem pelos conteúdos que está abordando.
Uma excelente alternativa na formação de professores de matemática voltada a noção e ciência dos assuntos pertinentes a matemática financeira , é a formação continuada de professores , e a especialização destes professores em área pertinente direta a docência , didática e matemática financeira . Para SANTOS E VEIGA (2012), estes cursos proporcionam, aos professores, alternativas para expor determinados assuntos, com atividades que desenvolvam a capacidade crítica, a auto-reflexão e a autonomia de seus alunos.
Nóvoa (1995), ressalta também , similarmente a SANTO E VEIGA , que a formação continuada de professores objetiva colocar os professores a par das discussões teóricas atuais, contribuindo para melhoria da ação pedagógica na escola.
Um questionamento pautável pode ser :” quais conceitos e bases relativas a matemática financeira , ministrar a alunos ingressantes nos primeiros anos do Ensino Fundamental?” Tal questionamento é pertinente , e diante de todo material pesquisado e estudado , é percebido que a familiarização de conceito relacionados a matemática financeira , já é um grande avanço para a construção de um ser a desenvolver-se durante sua trajetória de vida social , acadêmica e financeira . Assim a inclusão das bases relacionadas a matemática financeira , podem permear em concordância auxilio , no Ensino das operações básicas , como soma , subtração, multiplicação e divisão , aproveitando e otimizando sempre a ministração destes conceitos , aliados a conceitos da matemática financeira.
Diante de pesquisa bibliográfica relacionada a ao conteúdo de Matemática Financeira, tem-se, basicamente, consciência da necessidade se considerar os seguintes conceitos: I – Lucro; II – Desconto; III – Pagamento à vista; IV – Preços; V – Juros Simples; VI – Rendimentos; VII – Desconto Simples; VIII – Pagamentos Parciais ou Parcelados; IX – Juros Compostos; X – Amortizações.
Assim também referente a pesquisa a PCESP (Proposta curricular do Estado de São Paulo), a matemática financeira abrange os principais conhecimentos necessários para que o aluno possa compreender as relações comerciais existentes em nossa sociedade, pois os conhecimentos previstos com o estudo de Matemática Financeira vão desde as noções de Porcentagem, passando pelos Juros Simples, Descontos Simples, Juros Compostos, Desconto Composto e Amortização.
As noções de Capitalização não são trazidas pela PCESP, porém os conceitos que a envolvem são os mesmos que os conceitos de Amortização, fazendo com que esse conceito possa também ser trabalhado. A parte final da Proposta é bastante interessante e importante, pois traz conceitos de valores financeiros equivalentes, que são conceitos necessários para que os alunos se tornem independentes e autônomos nas questões de compras parceladas e financiamentos.
Pode-se agora a verificar a lista de conhecimentos apresentados pela PCESP, no que diz respeito ao ensino de Matemática Financeira: a) Noção de Porcentagem; b) Conceitos de Capital, Juros, Taxa de Juros, Unidade de Tempo, Prazo, Montante; c) Modalidade de Juros: Juros Simples e Juros Compostos; d) Juros Simples; e) Juros Compostos; f) Descontos Simples e Descontos Compostos g) Valores Financeiros Equivalentes h) Equações de Equivalência – Anuidades.
Muitos destes termos e bases são complexas e diretamente difíceis de aplicação direta ao Ensino Fundamental 1 , porém o que este trabalho sugere é a implantação e familiarização destes termos de maneira gradativa e em concordância e apoio com as bases pertinentes a faixa etária e educacional relativa.
A falta de trabalhos voltados a implantação da matemática financeira no ensino fundamental. Embora nas pesquisas realizadas para este trabalho, tenha-se encontrado um número razoável de artigos relacionados a disciplina da matemática financeira, não há evidências e sugestões relativas em quantidade quanto a incrementação dos conceitos de matemática financeira no Ensino Fundamental.
Diante disto, especificamente é necessário conceituar o que é a matemática financeira em si. Para Silva (2008, p. 11) “a matemática financeira é um conjunto de técnicas e formulações matemáticas com o objetivo de analisar situações financeiras envolvendo o valor do dinheiro no tempo.”
Saito (2007), por exemplo, aponta para a existência de uma lacuna ao dizer: “... não há especificamente trabalhos sobre a implantação da Educação em Finanças Pessoais nos currículos nacionais” (SAITO, 2007, p. 7). Segundo ele, a maior parte dos trabalhos brasileiros relacionados ao tema está voltada para a discussão da gestão do patrimônio, havendo necessidade de uma análise do ponto de vista de educadores.
O Projeto de Lei nº 3401, de 2004, é citado no trabalho de Saito (2007) e também por Muniz Jr. (2010). Ele propõe a criação da disciplina Educação Financeira nos currículos das quatro séries finais do Ensino Fundamental e também no Ensino Médio. Após alterações, a proposta é que a Educação Financeira seja inserida no conteúdo de Matemática.Porém em averiguação a situação de tal projeto , foi detectado que este não foi aprovado.
Corroborando com esta ideia, Leite, ao discutir a Educação Financeira em nosso país, sinaliza que: “Apesar da importância do tema, no Brasil não existem programas educacionais preocupados com o processo de socialização econômica” (LEITE, 2009, p. 69).
Araújo compartilha desta visão. Segundo a autora, o Brasil não tem contemplado, via sistema de ensino, a Educação Econômica das crianças e jovens. Ela diz que: “O tema não tem sido tratado com destaque pelos documentos oficiais nacionais, que estabelecem as políticas educativas no Brasil, dentre eles as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação e os Parâmetros Curriculares Nacionais” (ARAÚJO, 2009, p. 75).
Como implementar a matemática financeira no Ensino fundamental
Diante de toda abordagem exposta até aqui, na sugestão plausível pautada sobre argumentação teórica bibliográfica, diretamente ligada a aplicação dos conceitos da matemática financeira desde os primeiros anos do Ensino fundamental, como grade curricular, não é o objetivo deste trabalho, exigir que crianças do 1º ao 4 º ano tenham noções e saberes profundos de conceitos e aplicações de juros compostos, investimentos e afins. E sim que os conceitos da matemática financeira atuem como complemento a aplicação da matemática junto as operações básicas, onde tais conceitos, passa desde o Ensino fundamental a serem disseminados e construídos de maneira a longo prazo, na mentalidade e caráter dos alunos.
Para o renomado e respeitado psiquiatra e autor do livro: Pais Brilhantes, Professores fascinantes, Dr. Augusto Cury, a aprendizagem é construída levando também em consideração os aspectos emocionais e cotidianos dos alunos, para que assim haja uma identificação por parte dos alunos ao conteúdo e ao professor, gerando assim motivação e interesse pelas aulas.
Há uma estreita relação da Matemática financeira com o cotidiano dos alunos , e isto constitui em uma importante abordagem da educação crítica. Sobre isso, Simon e Blume (2004, p. 21) ressaltam:
Durante os últimos 30 anos, a matemática emergiu como a “linguagem da economia”. Hoje em dia, os economistas veem a matemática como uma ferramenta inestimável em todos os níveis de estudo, abrangendo desde a expressão estatística de tendência do mundo real até o desenvolvimento de sistemas econômicos completamente abstratos.
A matemática financeira pode ser implantada na observância e até na implantação de estudos de caso relacionados a ações cotidianas , como por exemplo , os descontos encontrados nos anúncios de lojas de brinquedos , cinemas, shoppings centers, supermercados , ou seja , todos estes ramos mercadológicos ligados cada vez mais diretamente a vida e convívio das crianças.
Dentre as estratégias possíveis e aplicáveis ,está a tematização. Onde é buscado um problema de relevância para os alunos, ligado às suas experiências. Assim, como afirma Skovsmose (2006, p. 18) “o engajamento dos estudantes na situação-problema e no processo de resolução deveria servir como base para um engajamento político e social (posterior)”.
A utilização de jogos , e ilustrações referentes a itens tecnológicos é algo que faz parte do cotidiano dos alunos atuais, totalmente interessados por jogos , celulares e tecnologia. Os jogos identificada como um material didático pautado nos objetivos de desenvolvimento dos alunos, baseado na busca da resolução de problemas , é algo extremamente bem aceito pelos alunos e de vasta eficiência . Desta maneira, o jogo aproxima-se da matemática via desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas ( Moura, 1991 ), e ainda, permite trabalhar os conteúdos culturais inerentes ao próprio jogo.
Uma base considerável para a inserção dos jogos voltados a matemática em sala de aula, é também o conhecimento e aptidão dos professores . Pois como relata Wang (2006), a maioria dos professores não joga videogame, pois são da geração dos “imigrantes digitais”. Já os estudantes sim, e tal fato causa grande desconexão e dificulta o uso, a escolha e avaliação destes recursos na educação.
Moita (2006), afirma que os jogos eletrônicos estão proporcionando uma nova forma de alfabetização. É uma alfabetização com “domínios semióticos”: imagens, diagramas, gráficos e outros símbolos visuais, bem diferentes dos moldes a que os adultos estão acostumados, e um letramento que está muito além da concepção de alfabetização que se tem hoje.
Gladcheff, Zuffi e Silva (2001), afirmam que, no contexto da matemática a utilização do computador pode ter várias finalidades, tais como: fonte de informação, auxiliador no processo 7 de construção do conhecimento e serve ainda como meio para desenvolver autonomia através de softwares que possibilitem pensar, refletir e criar soluções.
Porém existe a preocupação quanto ao uso dos jogos em sala de aula, Diante da oferta estrutural das Escolas, e escolha correta e direção dos jogos pelo professor . Diante disto, Seara (2011), supõe que ao iniciar uma atividade como jogos em sala de aula é preciso que se contemplem algumas etapas que são fundamentais para o sucesso da atividade, como por exemplo: a apresentação do jogo para os alunos, a compreensão da lógica do jogo, a aprendizagem das regras que pode ser feita de várias maneiras, seja jogando uma partida e simultaneamente falando as regras ou ir questionando os alunos quais as regras que já conhecem daquele jogo.
CONCLUSÃO
Vivemos em uma nova sociedade , quanto as exigências e demandas de sobrevivência. A sociedade moderna é estreitamente ligada a resultados rápidos e eficazes , e muito destas características, ocorrem em função de vivermos em tempos de globalização contínua, principalmente com o uso e avanço da internet.
Pensando assim como futuro professor de matemática , tenho o anseio de que este trabalho de conclusão de curso , também possa contribuir como uma sugestão aos responsáveis pelo Sistema de Educação , seja nas esferas municipais, estaduais e federais, como um norte de perspectiva e ação , pensando no future do brasileiro e do Brasil como nação.
Vivemos em uma sociedade moderna quanto as tendências tecnológicas, porém ainda com muitas dificuldades financeiras , o que em muitos casos no Brasil , gera endividamento e grandes problemas sociais em virtude disto.
Foi percebido durante a execução desta pesquisa , que uma excelente solução para esta problemática de sabedoria e conhecimentos para o devido uso do dinheiro, e talvez a mais eficaz mesmo que a longo prazo , seja a educação. Estreitamente o uso de conceitos da Matemática financeira introduzidos desde os primeiros anos do Ensino Fundamental, como um apoiador e material complementar a disciplina de Matemática.
O objetivo deste trabalho não se permeia que de início no Ensino Fundamental , ocorra a introdução de conceitos complexos da matemática financeira, mas sim , conceitos auxiliares porém pertinentes , que contribuam ao estudo das operações básicas, agindo de forma construtiva na aprendizagem dos alunos. Aliando sempre com a direção do professor, tais conceitos financeiros, com ações , práticas e situações do cotidiano dos alunos e seus familiares, como preços, descontos, prazos.
Uma excelente e bem aceita alternativa para a execução desta metodologia proposta, é a introdução de tecnologias e estudos de caso modelo Design Thinking nas aulas. Principalmente com a utilização de jogos eletrônicos , onde esta metodologia e uso, traz ainda o benefício de uma atração e motivação por parte dos alunos quanto ao conteúdo e as aulas, contribuindo assim significativamente para o sucesso da relação ensino-aprendizagem-saber.
Deixo bem claro que minha intenção na escolha e abordagem do tema Matemática financeira, não partiu de nenhuma relação ideológica quanto aos pensamentos capitalistas ou não, e sim somente quanto a decisão de contribuir de certa forma com a sociedade brasileira, especificamente da futura sociedade que será formada, por cidadãos ativos economicamente que hoje são nossas crianças, amanhã nosso futuro.