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A crise pandêmica e as estratégias financeiras nas empresas. Parte 2

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A crise pandêmica e as estratégias financeiras nas empresas. Parte 2
Criado em 17 JUL. 2020
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Na abordagem anterior, evidenciou-se a relação entre ciclo econômico e crises econômicas. Constata-se que no Brasil, como em muitos países com economia emergente, a política econômica dos diferentes governos(s), administrador(es) do aparelho do Estado, gerencia variáveis macroeconômicas como o controle da inflação, nível de remuneração dos agentes econômicos (lucros, juros, aluguéis e salários), passando pelo planejamento dos investimentos que façam a economia crescer, a gestão dos meios de pagamentos, regulação dos ativos financeiros, entre outros de natureza econômica.

Todas essas variáveis apontadas e muitas outras mais influenciam diretamente no resultado operacional, econômico e financeiro das empresas.

E, na atual crise da pandemia não é diferente!!! O governo, na sua política econômica buscar manter o crescimento, a estabilidade econômica e social e a distribuição de renda.

E o empresário ou gestor deve conhecer, entender e gerir no seu empreendimento, sob pena de fracasso operacional, econômico e financeiro, as diretrizes do governo.

É,,, é assim mesmo, real e verdadeiro!! Conhecimento técnico altamente especializado leva a uma gestão estratégica de sucesso!!

E, para as empresas configura-se o seguinte contexto:

Uma empresa é o resultado da organização de recursos financeiros (dinheiro nas suas diferentes expressões), recursos materiais (tecnologia, maquinas, equipamentos, instalações, matérias primas, etc.)  e humanos (o maior e melhor investimento em uma empresa) que buscam conseguir vários objetivos, entre eles (o mais importante) a geração de lucro (entendido como resultado). E eu acrescento, a manutenção da liquidez como objetivo, ou seja, a capacidade financeira para fazer investimentos, cobrir custos e despesas e eventuais perdas com os riscos (possibilidade de alguma coisa dar errado), tudo com recursos próprios.

É, isso mesmo, com recursos próprios, uma das bases para o crescimento e sucesso financeiros na gestão estratégica de empresas. (estratégia 1)

E aqui fazemos um parêntesis conceitual.

Lucro: resultado da atividade operacional. Receitas de vendas menos gastos. Igual a capacidade de investimento.

Liquidez: sequencia financeira de entrada e saída de dinheiro nas suas diferentes expressões, que deveriam sustentar a sobrevivência  e o crescimento da empresa.

Sem liquidez não há negócios. E os negócios devem continuar independente de qualquer crise.

Uma segunda abordagem financeira: o investimento fixo e o capital de giro.

Qualquer empresa possui duas fontes de capital: o capital próprio que deve ser remunerado no minimo pela taxa básica de juros, a SELIC (rentabilidade) e o capital de terceiros, que pelo seu uso paga juros, (acima de 200% ao ano.) Tecnicamente os capitais próprios deveriam financiar o capital de giro e, os capitais de terceiros, os investimentos em ativos fixos. (estratégia 2)

Mas, na prática empresas são abertas e operam com quase 100% de capitais de terceiros. Sem um minimo de geração de lucro e sem geração de liquidez necessária para o giro dos negócios.

E, empresas operam diariamente com financiamento de recursos de terceiros, de fornecedores e de financiamentos bancários, principalmente.

E nessa realidade operacional, as empresas devem enfrentar, sobreviver  e crescer nos ciclos e nas crises econômicas.

O fundamental para qualquer empresa é saber navegar com eficácia em um período de crise. Acontece que algumas delas não estão preparadas nem estrategica nem taticamente para qualquer desaceleração econômica, com as suas consequências no financeiro.

Uma crise econômica provoca nas empresas:

- queda da demanda e consequentemente,

- pressão sobre os custos, preços e o lucro, isto é, sobre o capital de giro.

Tem alguns teóricos das finanças que afirmam que para qualquer empresa, as etapas mais importantes do ciclo econômico são a desaceleração e a recessão. E, por quê?

Porque nelas estão as oportunidades, mas  ..... para:

- as empresas financeiramente sólidas e,

- com uma estrutura organizacional ágil e flexível para adequar-se as rápidas mudanças nas regras da economia.

O que a maioria das empresas fazem para enfrentar a crise? Duas medidas básicas e comuns à maioria delas:

a) Alterações na oferta, passam a produzir menos, a comprar menos e consequentemente a vender menos, a lucrar menos, a diminuir a liquidez. Medidas que causam efeitos negativos e imediatos no capital de giro;

b) Promovem alterações internas no capital humano: demissões, mudanças de estrutura de cargos, etc.  Medidas que causam efeitos negativos e imediatos no capital de giro.

A empresa deve ter no seu planejamento estratégico, planos de contingência, pois, quando a crise se verifica, algumas empresas se vêem paralisadas ou tomando decisões pouco pensadas. Esses planos de contingência devem indicar como fortalecer seus negócios principais, eliminar negócios que diluem resultados, capital e energia e fortalecer relacionamentos vitais com colaboradores, clientes e parceiros.

E, deve buscar como dever diário a utilização eficaz dos recursos investidos no Capital de Giro. (estratégia 3)Ou seja, gerar lucro a parti do capital de giro.

A gestão eficaz do Capital de Giro é a chave da sobrevivência na crise e do crescimento na retomada da economia.

Os planos de contingência serão cada vez mais necessários pois as crises provocadas por variáveis globais, incontroláveis e imprevisíveis, estarão cada vez mais presentes no mundo dos negócios e das empresas, independentemente do seu porte!!

A sobrevivência das empresas à crise econômica e o crescimento na recuperação da economia depende de três variáveis:

1. o posicionamento estratégico da empresa,

2. sua situação financeira (capital de giro) e,

3. o impacto da desaceleração/recessão no setor no qual opera.

Vamos explicar melhor!!. A seguir...

Parte 3.

 

Questões estratégicas e financeiras (1). Responda:

a) A minha empresa utiliza financiamentos para o Capital de Giro?

b) Utilizo eficazmente os recursos de terceiros aplicados no Capital de Giro?

b) A minha empresa tem capacidade de gerar lucro a partir da correta utilização do Capital de Giro?

A resposta será obtida pela interpretação e aplicação da seguinte fórmula:    

Lucro obtido pelo Capital de Giro: Taxa de lucro > taxa de juros

Liquidez do caixa: igual ou próxima de 1.

Se o resultado for positivo, o gestor está sabendo trabalhar de forma eficaz com recursos de terceiros. Caso contrário....

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Jose Joaquin Aparicio Cáceres
Economista Consultor de Negcios InternacionaisConsultor em Finanas CorporativasMinistrante de Cursos de Capacitao EmpresarialPalestrante sobre Planejamento e Gesto FinanceiraProfessor universitrio: ensino presencial e EADfavorite_outline Seguir Perfil
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